21 de abr. de 2012

Bahá'ís comemoram seu maior Festival

Cerca de 7 milhões de pessoas celebram no dia 21 de abril a declaração pública de Bahá’u’lláh, o mais recente Profeta da Era Moderna. Foi neste dia, em 1863, que Ele revelou à humanidade Sua missão como um Mensageiro de Deus, trazendo uma mensagem fundada nos conceitos da unidade de Deus, das religiões e da humanidade. Os doze dias que se seguem são considerados a mais importante celebração religiosa bahá'í, conhecida como o Festival do Ridván.

Nascido em Teerã em 12 de novembro de 1817, Bahá'u'lláh teve uma vida atribulada, sofrendo as mais diversas formas de perseguições devido aos ideais de unidade do gênero humano e da paz universal. Tal escalada de violência, infelizmente tão comum nos primórdios de todas as religiões mundiais, fez com que Bahá'u'lláh fosse exilado em 1853 da Pérsia para o Iraque. Dez anos depois, com a crescente animosidade e intolerância para com esta nova mensagem divina, o governo turco atendeu ao pedido do governo persa e baniu Bahá’u’lláh para Constantinopla.

Antes de Sua partida de Bagdá, o Fundador da Fé Bahá'í recebeu vários de seus discípulos e admiradores em um jardim na capital iraquiana, onde havia sido estabelecido um acampamento. Algum tempo depois, este lugar público de Bagdá recebeu o nome pelo qual é conhecido até os dias atuais: Jardim do Ridván.

A palavra Ridván em árabe quer dizer o mesmo que “Paraíso”. Bahá'u'lláh assim chamou aquele jardim devido ao clima agradável daqueles dias, à abundância de flores fragrantes, ao acesso à água corrente. Tudo isso contribuiu para que aquele período em que Bahá'u'lláh se despediu de seus muitos amigos e admiradores ficasse registrado como dias realmente memoráveis e especiais.

Estes últimos dias de Bahá'u'lláh em Bagdá, compreendendo o período que vai de 21 de abril a 2 de maio, marcam o momento em que Bahá’u’lláh declarou a vários de seus adeptos a boa nova de ser Ele o Prometido de todos os Profetas do passado. Desde então, devido à natureza dessa declaração, a data passou a ser um marco histórico e é celebrada anualmente por todos os membros da comunidade bahá'í mundial.

“Anualmente, durante o Ridván, bahá'ís no mundo inteiro realizam reuniões para elegerem as Assembleias Espirituais Locais e Nacionais”, conta Nader Vahdat, de 21 anos, membro da Comunidade Bahá'í de São Paulo (SP).
As eleições bahá'ís têm um teor altamente espiritual, uma vez que os representantes eleitos deverão cuidar de todos os assuntos referentes à sua comunidade pelo período de um ano. Não há candidatos, nem partidos ou coalizões: cada indivíduo maior de 21 anos tem a responsabilidade de votar e o potencial para ser votado, de acordo com suas capacidades.

“Os votantes devem em estado de oração, escolher nove pessoas que tenham capacidade reconhecida, lealdade inquestionável, abnegada devoção, mente bem treinada e experiência madura”, informa Walkíria Cardoso, da Comunidade Bahá'í de Maceió (AL), relembrando as orientações do Guardião da Fé Bahá'í, Shoghi Effendi, acerca das qualidades necessárias para se participar de uma eleição bahá'í.

Assinalando a dimensão histórica desse singular evento nos anais religiosos da humanidade, o próprio Bahá'u'lláh assim expressou: “A Primavera Divina já veio, ó Pena Mais Excelsa, pois o Festival do Todo-Misericordioso rapidamente se aproxima. Desperta e, perante a criação inteira, magnifica o nome de Deus e celebra Seu louvor, de tal modo que todas as coisas criadas se regenerem e se façam novas. Fala; não guardes silêncio. O Sol da beatitude brilha sobre o horizonte de Nosso nome, o Beatífico...”

Cerca de 57 mil bahá'ís brasileiros, residindo em centenas de cidades por todo o país, somam-se a seus irmãos de fé espalhados pelo globo em seu envolvimento em ações voltadas para a melhoria da sociedade em que vivemos. Por meio da realização de reuniões devocionais, onde são lidas orações e textos sagrados, abertas a participantes de todas as tradições religiosas, promove-se a compreensão e o entendimento entre indivíduos que buscam elevar suas mentes, evitando todas as formas de preconceitos e discriminações e assim vindo a religar-se à sua espiritualidade. Pela educação espiritual das crianças e adolescentes, independentemente de sua origem ou classe social, as comunidades bahá'ís oferecem as bases para a formação de um caráter nobre e reto, potencializando as capacidades dessa nova geração para servir à humanidade.

Destas atividades deriva um elevado grau de envolvimento nas principais questões que desafiam a humanidade nos dias atuais, eliminando os preconceitos que por tanto tempo ensejaram guerras e conflitos sangrentos à história humana, e favorecendo, ainda mais, a participação universal na tomada de decisões e colocando cada ser humano como protagonista da transformação social.

“Ao observador atento à marcha da história, é inescapável a percepção que o poder liberado pelas palavras e os ensinamentos trazidos por Bahá’u’lláh e demonstrados de forma tão fascinante ao longo de Sua existência inteiramente consagrada à unificação dos povos e raças da Terra que somos impelidos a uma vigorosa reflexão sobre o destino maravilhoso que o ser humano pode alcançar”, reflete o escritor e jornalista Washington Araújo, da Comunidade Bahá'í de Brasília (DF).

“O Festival dos festivais é um período que os bahá'ís do mundo recordam dos dias abençoados do início da Fé Bahá'í”, pondera Walkíria.
“Se Bahá'u'lláh não tivesse proclamado Sua missão na Terra, o mundo não teria ensinamentos correspondentes para a atual Era em que vivemos. Daí a extrema importância dessa data”, acredita o jovem Guilherme Leroy, de 20 anos, membro da Comunidade Bahá'í de Belo Horizonte.

Na compreensão bahá'í, cabe a cada indivíduo que tenha reconhecido a importância desses ensinamentos compartilhá-los com os que estão dispostos a contribuir com a construção de um nova civilização mundial, trazendo para o campo da realidade a antiga promessa de Cristo – “venha a nós o Vosso Reino e seja feita a Vossa vontade”.

20 de abr. de 2012

Exposição “Israel e a Fé Bahá'í” no Iguatemi de Brasília.

Mostra fotográfica introduz a beleza física dos lugares sagrados e princípios bahá'ís.

Foi inaugurada ontem (19) no Shopping Iguatemi de Brasília a exposição “Israel e a Fé Bahá'í: Imagens de uma Comunidade Global”, trazendo as cores traços e paisagens deslumbrantes do território israelense, em contraste aos ensinamentos da religião bahá’í. Cerca de 50 pessoas participaram da inauguração, entre elas Rafael Eldad, Embaixador de Israel; Carlos Alberto Silva, Secretário Geral da Comunidade Bahá’í do Brasil; Lisa Perskie, Diretora Executiva da Escola das Nações; o Secretário Juan Barato, representante da Embaixada da Argentina e o Secretário Lucas Pinheiro, representante da Divisão de Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores.

O público brasiliense tem até o dia 14 de maio para conferir a exibição fotográfica de trinta painéis na área internacional do Shopping, localizada no 1º piso. “Estamos muito felizes de trazer à Capital Federal brasileira a beleza do meu país de origem mesclada com os conceitos espirituais de pura unidade da religião bahá'í”, disse o Embaixador de Israel, que é seguidor da doutrina judaica. “Certamente, todos os visitantes se encantarão com toda a exuberância da Fé Bahá'í e ficarão fascinados em conhecer de perto uma comunidade global que prega a unidade entre os povos”, declarou ele.

O Secretário Geral da Comunidade Bahá'í do Brasil, Carlos Alberto Silva destacou o momento histórico da ocasião. “As imagens que estão retratadas aqui trazem pessoas que dedicam suas vidas à melhora da sociedade”, disse ele. “São indivíduos e famílias de várias partes do mundo que foram acolhidas pelo Estado de Israel para servir nos Lugares Sagrados bahá'ís”. Ele lembrou ainda que “Israel tem uma ligação especial com todas as grandes religiões. Judeus, cristãos, muçulmanos, bahá'ís e várias minorias religiosas dividem espaço no território israelense, a Terra Prometida, a Canaã, a Terra Santa”.

Andressa Pinesi, da região do ABC Paulista (SP), é uma das bahá'ís brasileiras que optaram por dedicar um período de serviço voluntário no Centro Mundial Bahá'í, em Israel. Ela trabalhou no departamento de limpeza entre os anos de 2009 e 2010. “O serviço em Israel é uma oportunidade de aprender ainda mais sobre o princípio da unidade na diversidade”, conta a futura engenheira de produção pela Universidade Federal do ABC Paulista, hoje com 22 anos. “Todos buscam viver em harmonia, unidos em ação e visão”, afirma.

“Fiquei muito impressionada pela simplicidade, beleza e o conceito de design altamente criativo da exposição”, declarou a diretora executiva da Escola das Nações, Sra. Lisa Perskie. “Meus sinceros parabéns à Comunidade Bahá'í e à Embaixada Israelense pela excelência da mostra e do evento de abertura”, expressou ela.

O Embaixador Rafael Eldad declarou, em sua fala, sua alegria em poder compartilhar as imagens de seu país e dos lugares sagrados bahá'ís com o público brasiliense. “Essa exposição demonstra não apenas a beleza desses lugares e do trabalho dessas pessoas, mas tem também um alto grau de espiritualidade, um grande respeito por todas as religiões. É um privilégio para Israel ter em seu território o Centro Mundial Bahá'í”, afirmou ele

“Ficou bastante claro na fala do Embaixador o apreço que ele tem pela Comunidade Bahá'í. Foi um reconhecimento público da universalidade dos conceitos bahá'ís”, emocionou-se Secretário Carlos Alberto.

“Esse é apenas o início de um elo permanente entre a Comunidade Bahá'í e a Embaixada de Israel”, afirmou o Embaixador Rafael Eldad durante a abertura da exposição.

Em sua fala, o Secretário Carlos Alberto Silva fez um convite a todos os presentes: “Esperamos que vocês apreciem, tragam seus amigos, seus familiares, suas crianças – não apenas para visitar essa exposição como uma expressão artística (que realmente é: uma obra de arte!), mas também para pensar nesses conceitos trazidos por Bahá'u'lláh há 169 anos, desde que Ele se manifestou trazendo ao mundo a Fé Bahá'í”.

As palavras de Bahá'u'lláh citadas por Carlos Alberto no encerramento da cerimônia remetem ao tema da exposição, que se refere “a imagens de uma comunidade global”:

“Bem-aventurado e feliz é aquele que se levanta para promover os melhores interesses dos povos e raças da terra. Que não se vanglorie quem ama seu próprio país, mas sim, quem ama o mundo inteiro. A Terra é um só país, e os seres humanos, seus cidadãos.”

Fonte: SASG

16 de abr. de 2012

O “Sobrevivente” Esquecido do Titanic

Conforme temos sido relembrados incontáveis vezes ao longo das semanas passadas, há cem anos o “inafundável”Titanic afundou no Atlântico Norte, levando consigo mais de 1.500 vidas. A tragédia tornou-se tema de algumas históricas épicas.
De todas essas históricas, uma das mais extraordinárias é a de um persa de 68 anos de idade que, na verdade, não embarcou na malfadada nau, mas que o deveria ter feito.
Abbas Effendi – conhecido como 'Abdu'l-Bahá ou“o Servo de Deus” -- foi retratado pela imprensa tanto na Europa quanto nos Estados Unidos como um filósofo, um apóstolo da paz, até mesmo como o retorno de Cristo. Seus admiradores norte-americanos o haviam enviado milhares de dólares para que comprasse uma passagem para viajar no Titanic, e o imploraram que embarcasse com a maior opulência. Ele não aceitou e doou o dinheiro para ações de caridade.
"Convidaram-me para navegar à bordo do Titanic," ele disse depois, "mas este não era o desejo de meu coração."
Em vez disso, 'Abdu'l-Bahá navegou até Nova Iorque à bordo do SS Cedric, um navio mais modesto. Todos os grandes jornais de Nova Iorque cobriram sua chegada em 11 de abril e a sua subsequente caravana de oito meses pelo território estadunidense. Esse forasteiro de turbante, que usava “robes orientais” se tornou notícia de capa.
O New York Times reportouque sua missão era "acabar com os preconceitos... preconceitos de nacionalidade, de raça, de religião." O artigo também o citou diretamente: "É chegada a hora de a humanidade levantar o estandarte unidade da humanidade, a fim de que as fórmulas e superstições dogmáticas possam chegar ao fim."
Diversas vezes, a imprensa o chamou de profeta, especificamente de “profeta persa” (ah, as aliterações!). Uma chamada, logo após sua palestra na Universidade de Stanford, dizia: "Profeta Diz que Não é Profeta." 'Abdu'l-Bahá era na realidade o líder da então nascente Fé Bahá'í, apesar de consistentemente negar essa coisa de profeta.
Ele pregava a fé fundada por seu pai, Bahá'u'lláh, em meados de 1800, fundada na unidade de todas as religiões. À época, havia apenas umas poucas centenas de bahá'ís nos Estados Unidos; hoje são 150.000. Dia após dia, mês após mês, multidões por todo o país (muitas vezes aos milhares) se reuniam para ouvi-lo falar. Em sinagogas ele louvava a Cristo. Em igrejas, exaltava os ensinamentos de Mohammed. E por todas as suas viagens, sua companhia era buscada por pessoas influentes como Andrew Carnegie, Alexander Graham Bell e Kahlil Gibran.
Como foi que 'Abdu'l-Bahá veio a inspirar tantas pessoas – essa figura obscura do oriente que passara 40 e tantos anos aprisionado por causa de sua religião, que nunca frequentara a escola ou fora exposto à cultura do ocidente?
Suspeito que isso tenha algo a ver não apenas com o que ele disse, mas com o que ele fez. "Ele é o único homem no mundo que, ao redor de sua mesa de jantar, juntou persas, zoroastrianos, judeus, cristãos, maometanos”, [sic] escreveuKate Carew (a Liz Smith de seu tempo) ao New York Tribune. Mais à frente no artigo, ela descreveu a visita de 'Abdu'l-Bahá à Missão Bowery no Lower East Side – onde ele pessoalmente entregou moedas de prata a 400 desabrigados.
Durante toda a sua visita aos Estados Unidos, ele deixou de lado o protocolo da segregação, insistindo que todos os lugares em que falasse fossem abertos a pessoas de todas as raças. Não era algo que agradasse às multidões na época. No Great Northern Hotel na Rua 57 (onde agora se localiza o Parker Meridien), o gerente veementemente negou-se a permitir que os negros adentrassem o recinto.
"Se as pessoas virem uma pessoa de cor que seja entrando em meu hotel, nenhuma pessoa de respeito jamais colocará seus pés aqui novamente”, disse ele. Então, em vez do encontro no hotel, 'Abdu'l-Bahá decidiu organizar um banquetemulti-racial na casa de um de seus seguidores, no qual vários brancos serviram aos negros – uma atitude subversiva e até mesmo perigosa naqueles tempos.
Somente entre os seres humanos é que a cor da pele era causa de discórdia, 'Abdu'l-Bahá afirmoucerta vez. “Os animais, apesar do fato de serem desprovidos de razão e compreensão, não tornam as cores causa de conflito. Por que motivo deveria o homem, que possui razão, criar conflito?”
As palestras de 'Abdu'l-Bahá pungiam a plateia com uma simplicidade radical. E ainda assim, ele promoveu ideias com as quais os norte-americanos lutam até hoje, um século depois: a necessidade da verdadeira harmonia racial e igualdade de gênero; a eliminação de extremos de riqueza e pobreza; os perigos do nacionalismo desenfreado e da intolerância religiosa; e a insistência na busca independente pela verdade. Alguma dessas fichas caiu em 2012?
Sua missão de unidade, espalhada por toda a nação estadunidense há cem anos, deveria ser celebrada juntamente com as mensagens de Gandhi, do Dalai Lama e de Martin Luther King Jr.
Em sua primeira palestra pública nos Estados Unidos – na Igreja da Ascensão de Nova Iorque, na 5ª Avenida com a Rua 10 – 'Abdu'l-Bahá estimulou o progresso material da América do Norte nas artes, na agricultura e no comércio, mas com o cuidado de também desenvolvermos nossas potencialidades espirituais.
“Pois o homem necessita de duas asas. Uma asa é o poder físico e a civilização material; a outra é p poder espiritual e a civilização divina. Somente com uma asa, o vôo torna-se impossível.”
Ele deu essa palestra em 14 de abril de 1912. Mais tarde nesse mesmo dia, o Titanic atingiu o iceberg.
Fonte: Postado por Secretaria Nacional de Ações com a Sociedade e o Governo - SASG

4 de abr. de 2012

Bahá'í - Una fede comune per l’Umanità: siamo tutti foglie dello stesso albero

(di Gian Paolo Soddu) Dio è uno, l’umanità è una, la religione è una. Una riflessione sul tema dell’unità non può tralasciare un aspetto decisivo per la convivenza dei popoli : il rapporto tra diverse tradizioni religiose . Per la maggior parte dell’umanità, sin dall’inizio della storia, la visione della vita basata su valori spirituali è stata intimamente associata all’esperienza religiosa. I profondi valori promulgati dalle maggiori religioni hanno aiutato sempre più la crescita della civiltà, a partire dal tempo in cui i profeti biblici hanno portato un sistema di valori morali, fino ai tempi moderni in cui l’ispirazione religiosa ha largamente determinato l’abolizione della schiavitù e dato un grande impulso al movimento dei diritti umani. Un concetto innovativo e caratterizzante della visione bahà’ì, è il rifiuto dell’idea di esclusività della Rivelazione divina, qualsiasi essa sia.

Bahá'u´lláh insegna che tutte le religioni del passato sono stadi di un unico grandioso processo di educazione dell’umanità, un susseguirsi ininterrotto di rivelazioni progressive. Egli spiega che un’Essenza trascendente (che chiamiamo Dio) interagisce costantemente con l’evolversi del creato, suscitando tra gli uomini l’apparizione di “Figure profetiche che manifestano gli attributi di una divinità inaccessibile”. Asserisce inoltre che la conoscenza di queste Figure deve essere intesa come “conoscenza di Dio”. Così ci istruisce: «. . . L’Essenza di Dio è inconoscibile per lo spirito umano, poiché la comprensione finita non può avere alcun rapporto con questo Mistero infinito ... E siccome non può esservi nessun legame di diretta comunicazione per unire l’unico vero Iddio alla Sua Creazione. . . Egli ha comandato che in ogni epoca ed in ogni dispensazione, un’Anima pura e senza macchia si manifesti nei regni della terra e del cielo”.  

Circa la relazione tra le diverse Manifestazioni di Dio, Baha’u’llah afferma:

“E’ chiaro ed evidente che tutti i Profeti sono Templi della Causa di Dio apparsi in differenti vesti.”…. “.. Badate, o credenti nell’Unità di Dio, di non essere tentati di fare differenze fra le Manifestazioni della Sua Causa o di discriminare i segni che hanno accompagnato e proclamato la loro Rivelazione. Questo è indubbiamente il vero significato dell’Unità divina, se siete di coloro che comprendono e credono in questa verità.” “… Se una delle Manifestazioni universali di Dio dichiarasse: «Sono Dio», direbbe esattamente la verità senza dare adito a dubbi. … E se una di esse proferisse questa dichiarazione: «Sono il Messaggero di Dio», direbbe la verità senz’alcun dubbio. …

E se tutte affermassero: «Sono il suggello dei Profeti», affermerebbero il vero, senza la minima ombra di dubbio. Poiché sono una sola persona, una sola anima, un solo spirito, un solo essere, una sola rivelazione. Sono tutte Manifestazioni del «Principio»e della «Fine», del «Primo» e dell’«Ultimo», del «Visibile» e del «Celato», di tutto ciò che concerne Colui Che è l’intimo Spirito degli Spiriti e l’eterna Essenza delle Essenze. … E se dicessero: «Siamo servi di Dio», anche questo è un fatto evidente e indiscutibile. Poiché si sono manifestate nello stato della più perfetta servitù, una servitù che nessuno potrà mai eguagliare. “ Ed in merito alla differenza tra le loro Rivelazioni: “…. ogni Manifestazione di Dio ha una differente individualità, una Missione definitivamente assegnata, una Rivelazione predestinata e limitazioni particolarmente fissate. Ognuna di esse è conosciuta con un nome differente, è caratterizzata da un attributo speciale, compie una missione definita e le è affidata una particolare Rivelazione.

A causa di questa differenza di stadio e missione le parole e le affermazioni che scaturiscono da queste Sorgenti di sapienza divina sembrano contraddirsi e differire. Ma agli occhi di coloro che sono iniziati ai misteri della saggezza divina, tutti i loro discorsi non sono, in realtà, che espressione di un’unica Verità”. Per Baha’u’llah esiste quindi una sola religione, ispirata di epoca in epoca da un’unica Essenza Trascendente attraverso la rivelazione progressiva dei Suoi messaggeri, conformemente alle condizioni ed esigenze di ogni tempo. La verità religiosa non è quindi assoluta, ma relativa ed essa è rivelata in misura sempre maggiore grazie agli insegnamenti di Grandi Maestri spirituali; perciò le diverse religioni del mondo devono essere viste come il continuo dispiegamento della verità, in proporzione alla maturità dell’uomo. Le verità eterne di ordine morale e spirituale, che sono state alla base di tutte le religioni (come adorare Dio, amare il prossimo, fare del bene), non hanno avuto esattamente lo stesso significato né la stessa portata attraverso le diverse religioni. Si possono dunque paragonare queste verità eterne al mondo vegetale che si evolve secondo il ciclo della vita: essendo dapprima apparse come semi e poi come gemme, solo ai nostri giorni queste stesse verità possono raggiungere lo stadio della fruttificazione. La Rivelazione di Bahá'u'lláh, la più recente in ordine di tempo, non intende abrogare alcuna delle religioni che l'hanno preceduta, né cerca di modificarne o di ridurre l'importanza dell'eterna verità dei loro insegnamenti; sostiene anzi, che tutte le religioni hanno origini divine, i loro principi basilari sono in perfetta armonia, perseguono le medesime finalità, hanno funzioni complementari. Una tale concezione, che s'accorda interamente con il nuovo orientamento delle scienze moderne, tra le altre la fisica, si scontra tuttavia con le concezioni tradizionali molto rigide e ci invita ad un nuovo approccio nello studio delle religioni. Una evidente contraddizione si presenta alla nostra attenzione.

Mentre da un lato i fatti della storia mostrano chiaramente che la religione rivelata è stata la principale forza trainante ed unificatrice della civiltà umana, di contro, le comunità dei seguaci derivate da quelle stesse religioni sono oggi, semmai più che nel passato, una delle forze più disgregatrici e distruttive del ventunesimo secolo. In realtà, le forme ed i riti hanno soverchiato l’originaria intenzione divina di trasformare spiritualmente gli uomini, tanto che le genti del mondo brancolano nella confusione e sconcerto totali: dunque constatiamo che, se da un lato il sistema materialista ha fallito i suoi obiettivi di dare la felicità, da canto suo la religione tradizionale ha cessato di fornire i rimedi che l’umanità cerca, sempre più angosciata. Invece, secondo il punto di vista baha’ì, la religione non può definirsi affatto come "un insieme di miti, dogmi e riti aventi il sacro per oggetto"; alla religione viene invece attribuita una funzione vivificatrice. La religione è soprattutto una forza che si manifesta in talune strutture ed adempie a certe funzioni vitali nella società (di integrazione e di unificazione, di convalida di norme e di valori, di civilizzazione etc.). Bahá'u'lláh ha così sancito: “La religione è il più grande mezzo per l'instaurazione dell'ordine nel mondo e per un pacifico appagamento di coloro che vi dimorano. L'indebolimento delle colonne della religione ha rafforzato le mani degli ignoranti rendendoli audaci ed arroganti. In verità Io affermo che tutto ciò che ha diminuito l'alto rango della religione ha accresciuto la riottosità dei malvagi, e il risultato altro non può essere che anarchia.” “…Questi principi, queste leggi, questi potenti sistemi così solidamente insediati sono scaturiti da un'unica Sorgente e sono raggi di una sola Luce: la differenza che si riscontra fra loro deve attribuirsi alle diverse esigenze delle età in cui furono promulgati.” Questa forza segue un percorso ciclico, prima ascendente, che si esprime con un grande potere creativo, poi declinante; rigenera l'uomo e la società e allo stesso tempo pone le basi per una nuova civiltà; con l'andar del tempo la sua influenza si affievolisce, perde la capacità di aggregare le società umane, dopo di che diviene impellente la necessità di una nuova Rivelazione.
Ogni Rivelazione Divina include due tipi di insegnamenti, quelli eterni e quelli transitori. Questo principio è fondamentale per comprendere il ruolo sociale della religione. Mentre i primi sono la base comune universale su cui poggia il progresso spirituale dell’individuo e della società, in ogni tempo, i secondi offrono risposte ai bisogni ed alle aspirazioni più attinenti la vita collettiva, le relazioni ordinate tra gli individui, e sono strettamente legati al momento storico, alle condizioni geografiche, culturali dell’epoca. Sono perciò mutevoli ed esprimono le differenze riscontrabili nelle diverse espressioni religiose. Fa notare Bahá'u'lláh : “Il messaggio essenziale della religione è immutabile. Essa è l'immutabile Fede di Dio, eterna nel passato, eterna nell'avvenire”… “Il rimedio necessario al mondo nelle sue attuali afflizioni non potrà mai essere lo stesso che un'epoca futura potrà richiedere». «Interessatevi premurosamente delle necessità dell'epoca in cui vivete e accentrate le vostre deliberazioni sulle sue esigenze e necessità”.
Ciò che emerge da questi passi e da queste considerazioni è il riconoscimento dell'essenziale unità della religione. Se è giusto parlare di unità di tutte le religioni, di una fede comune, è essenziale comprenderne che al livello più profondo, come fa notare Baha'u'lláh, esiste una sola religione. … Le difficoltà sorgono quando i seguaci di una delle fedi del mondo si dimostrano incapaci di distinguerne gli elementi eterni da quelli transitori e tentano di imporre alla società regole comportamentali che hanno ormai ottenuto il proprio intento.
Quando si superasse questo atteggiamento esclusivista e sarà riconosciuto il principio della progressività della rivelazione, allora potranno superarsi i principali ostacoli che impediscono ai credenti delle diverse fedi e tradizioni religiose di guardarsi non solo con rispetto, ma come “veri fratelli” sul sentiero di Dio.

Fonte: http://www.siciliainformazioni.com/giornale/societa/142769/bahaullah-fede-comune-lumanit-siamo-tutti-foglie-dello-stesso-albero.htm#.T3yNpNyUB98.twitter

3 de abr. de 2012

Una relazione di Amnesty International condanna le violazioni dei diritti umani in Iran

La Baha’i International Community ha notato con preoccupazione che una nuova relazione di Amnesty International evidenzia crescenti misure restrittive contro i dissidenti in Iran.
Il documento, intitolato «“Abbiamo l’ordine di reprimervi”: l’aumento della repressione dei dissidenti in Iran», cita una recente ondata di arresti di avvocati, studenti, giornalisti, attivisti politici, produttori cinematografici e minoranze etniche e religiose.

Il testo della relazione in inglese si trova qui.
La relazione descrive ampie restrizioni sulla libertà di espressione, associazione e assemblea, nonché torture, altri maltrattamenti e disagi durante la detenzione.
Esprime particolare preoccupazione per l’alto numero di esecuzioni capitali pubbliche, che nel 2011 sono state circa quattro volte di più rispetto all’anno precedente, e per le continue esecuzioni di imputati in età minore, cosa rigorosamente proibita dalla legge internazionale.

Le autorità iraniane inoltre vedono internet e i social media come una grande minaccia, ha detto Ann Harrison, vice direttrice ad interim del programma di Amnesty International per il Medio Oriente e il Nord Africa. «Cose come organizzare un gruppo sociale su internet, formare una ONG o aderirvi, o esprimere opposizione allo status quo possono farvi finire in carcere», ha detto.
Il documento riferisce un aumento del numero e della durezza degli attacchi contro i baha’i, attacchi come arresti, incendi dolosi e pubblicazioni di articoli denigratori sulla stampa.
«I non musulmani, soprattutto la comunità baha’i, sono stati sempre più demonizzati dai funzionari iraniani e dai mezzi di comunicazione di stato», dice la relazione. «Nel 2011, sembra che i ripetuti appelli del Leader supremo e di altre autorità di combattere i “falsi credi”, che sarebbero il Cristianesimo evangelico, il Baha’ismo e il Sufismo, abbiano comportato un aumento delle persecuzioni religiose».

Molto soddisfatta della relazione, Diane Ala’i, rappresentante della Baha’i International Community presso le Nazioni Unite a Ginevra, ha detto: «Essa conferma cose che i baha’i iraniani sanno da anni. Oggi in Iran chiunque si trovi al di fuori dell’angusto concetto governativo di ciò che è socialmente o politicamente accettabile è ufficialmente un paria e ne subisce gravi conseguenze».

Per leggere l’articolo in inglese online e vedere le foto, si vada a http://news.bahai.org/story/893

2 de abr. de 2012

Brasília se junta a campanha mundial com painéis móveis

Pessoas de várias nacionalidades se juntaram ontem (1º de abril) em mobilizações simultâneas ao redor do globo para pedir a libertação de sete prisioneiros de consciência no Irã. A data escolhida marcou um total de 10 mil dias em que os líderes estão sendo mantidos atrás das grades. Os eventos mundiais foram coordenados pelo United4Iran organização sem fins lucrativos, e ocorreram em Brasília, Amsterdã, Berlim, Wellington, Washington DC, Pretória, Sydney, entre outras onze cidades.
Na capital brasileira, cerca de 70 ativistas de direitos humanos se reuniram, entre 10h e 13h, na Esplanada dos Ministérios. Brasileiros, norte-americanos, mexicanos, iranianos e outros cidadãos do mundo estavam juntos com o mesmo propósito: “ser a voz daqueles que não podem falar”.

Independentemente de suas próprias convicções, ideologias ou religiões, eles estavam unidos em um verdadeiro exemplo de convivência pacífica e harmoniosa entre toda a diversidade dos seres humano.

Durante o dia ensolarado de campanha, uma painel móvel foi exibido em um caminhão de 9.5x2.5m de comprimento, estampando a imagem das sete lideranças. Os participantes vestiam camisetas formando as palavras “Free bahá'ís do Irã [Libertem os bahá'ís Irã]", numa demonstração pacífica na frente dos principais edifícios de Brasília: Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional, Catedral Metropolitana, Torre de TV e dos Palácios do Itamaraty, do Planalto e da Justiça.

Os brasileiros têm a prerrogativa de liberdade para expressar convicções políticas, sociais e religiosa. Anda assim, os manifestantes locais estavam reunidos para exigir justiça e liberdade para as pessoas inocentes impedidas de contribuir para o avanço da sociedade e para a construção de um mundo mais justo e pacífico para todos.

“Foi muito simbólico participar de um evento que ocorreu simultaneamente em cerca de 11 outras cidades ao redor do mundo”, diz Mary Caetana Aune, membro da comunidade bahá'í local. “Tenho certeza de que a difusão dessas imagens na Internet e nos outros meios de comunicação ajudará na conscientização de que muitos indivíduos ainda estão submetidos a tanta injustiça no mundo, à falta de liberdade, à perseguição ... Espero que a sociedade iraniana perceba que estamos todos do lado deles, clamando por justiça e direitos humanos em todo o mundo”, diz ela.

Participe dessa campanha mundial! Clique aqui para enviar cartas eletrônicas às autoridades do governo iraniano.