20 de jul. de 2012

Leonardo Boff luta pela justiça e liberdade religiosa no Irã

Teólogo se mobiliza na defesa dos direitoshumanos da Comunidade Bahá'í que é perseguida violentamente desdea Revolução Islâmica iraniana.

Ontem, dia 19 de julho, o teólogoe escritor Leonardo Boff se encontrou com Flávio Azm Rassekh, membroda Comunidade Bahá´í de São Paulo, para conversar sobre osdireitos humanos no Irã.

Na ocasião, Azm agradeceu novamente aassinatura de Boff na carta pró-bahá´ís do Irã em 8 de outubrode 2011, que contou com o apoio de outros 42 teólogos, filósofos eestudiosos das religiões de diferentes nacionalidades. “Fiqueimuito feliz por ter ajudado nessa Causa tão nobre”, declarou Boff.“Sempre que precisar estou à disposição, sou solidário aosofrimento dos bahá´ís no Irã”, ele enfatiza.

De acordo com o teólogo, a perseguiçãoacentuada aos seguidores da Fé Bahá'í deve-se justamente pelouniversalismo dos ensinamentos que visam unificar as religiões, peloreconhecimento de que somos membros de uma única família humana ede que existe apenas uma religião, a de Deus. "Independente deser cristão, mulçumano, judeu, todos podem apoiar essa religiãovítima de discriminação sem que haja traição confessional",afirmou Boff.

Para entender mais sobre a perseguição aos bahá'í no Irã, clique aqui; veja as notícias mais recentes sobre o assunto aqui.

21 de abr. de 2012

Bahá'ís comemoram seu maior Festival

Cerca de 7 milhões de pessoas celebram no dia 21 de abril a declaração pública de Bahá’u’lláh, o mais recente Profeta da Era Moderna. Foi neste dia, em 1863, que Ele revelou à humanidade Sua missão como um Mensageiro de Deus, trazendo uma mensagem fundada nos conceitos da unidade de Deus, das religiões e da humanidade. Os doze dias que se seguem são considerados a mais importante celebração religiosa bahá'í, conhecida como o Festival do Ridván.

Nascido em Teerã em 12 de novembro de 1817, Bahá'u'lláh teve uma vida atribulada, sofrendo as mais diversas formas de perseguições devido aos ideais de unidade do gênero humano e da paz universal. Tal escalada de violência, infelizmente tão comum nos primórdios de todas as religiões mundiais, fez com que Bahá'u'lláh fosse exilado em 1853 da Pérsia para o Iraque. Dez anos depois, com a crescente animosidade e intolerância para com esta nova mensagem divina, o governo turco atendeu ao pedido do governo persa e baniu Bahá’u’lláh para Constantinopla.

Antes de Sua partida de Bagdá, o Fundador da Fé Bahá'í recebeu vários de seus discípulos e admiradores em um jardim na capital iraquiana, onde havia sido estabelecido um acampamento. Algum tempo depois, este lugar público de Bagdá recebeu o nome pelo qual é conhecido até os dias atuais: Jardim do Ridván.

A palavra Ridván em árabe quer dizer o mesmo que “Paraíso”. Bahá'u'lláh assim chamou aquele jardim devido ao clima agradável daqueles dias, à abundância de flores fragrantes, ao acesso à água corrente. Tudo isso contribuiu para que aquele período em que Bahá'u'lláh se despediu de seus muitos amigos e admiradores ficasse registrado como dias realmente memoráveis e especiais.

Estes últimos dias de Bahá'u'lláh em Bagdá, compreendendo o período que vai de 21 de abril a 2 de maio, marcam o momento em que Bahá’u’lláh declarou a vários de seus adeptos a boa nova de ser Ele o Prometido de todos os Profetas do passado. Desde então, devido à natureza dessa declaração, a data passou a ser um marco histórico e é celebrada anualmente por todos os membros da comunidade bahá'í mundial.

“Anualmente, durante o Ridván, bahá'ís no mundo inteiro realizam reuniões para elegerem as Assembleias Espirituais Locais e Nacionais”, conta Nader Vahdat, de 21 anos, membro da Comunidade Bahá'í de São Paulo (SP).
As eleições bahá'ís têm um teor altamente espiritual, uma vez que os representantes eleitos deverão cuidar de todos os assuntos referentes à sua comunidade pelo período de um ano. Não há candidatos, nem partidos ou coalizões: cada indivíduo maior de 21 anos tem a responsabilidade de votar e o potencial para ser votado, de acordo com suas capacidades.

“Os votantes devem em estado de oração, escolher nove pessoas que tenham capacidade reconhecida, lealdade inquestionável, abnegada devoção, mente bem treinada e experiência madura”, informa Walkíria Cardoso, da Comunidade Bahá'í de Maceió (AL), relembrando as orientações do Guardião da Fé Bahá'í, Shoghi Effendi, acerca das qualidades necessárias para se participar de uma eleição bahá'í.

Assinalando a dimensão histórica desse singular evento nos anais religiosos da humanidade, o próprio Bahá'u'lláh assim expressou: “A Primavera Divina já veio, ó Pena Mais Excelsa, pois o Festival do Todo-Misericordioso rapidamente se aproxima. Desperta e, perante a criação inteira, magnifica o nome de Deus e celebra Seu louvor, de tal modo que todas as coisas criadas se regenerem e se façam novas. Fala; não guardes silêncio. O Sol da beatitude brilha sobre o horizonte de Nosso nome, o Beatífico...”

Cerca de 57 mil bahá'ís brasileiros, residindo em centenas de cidades por todo o país, somam-se a seus irmãos de fé espalhados pelo globo em seu envolvimento em ações voltadas para a melhoria da sociedade em que vivemos. Por meio da realização de reuniões devocionais, onde são lidas orações e textos sagrados, abertas a participantes de todas as tradições religiosas, promove-se a compreensão e o entendimento entre indivíduos que buscam elevar suas mentes, evitando todas as formas de preconceitos e discriminações e assim vindo a religar-se à sua espiritualidade. Pela educação espiritual das crianças e adolescentes, independentemente de sua origem ou classe social, as comunidades bahá'ís oferecem as bases para a formação de um caráter nobre e reto, potencializando as capacidades dessa nova geração para servir à humanidade.

Destas atividades deriva um elevado grau de envolvimento nas principais questões que desafiam a humanidade nos dias atuais, eliminando os preconceitos que por tanto tempo ensejaram guerras e conflitos sangrentos à história humana, e favorecendo, ainda mais, a participação universal na tomada de decisões e colocando cada ser humano como protagonista da transformação social.

“Ao observador atento à marcha da história, é inescapável a percepção que o poder liberado pelas palavras e os ensinamentos trazidos por Bahá’u’lláh e demonstrados de forma tão fascinante ao longo de Sua existência inteiramente consagrada à unificação dos povos e raças da Terra que somos impelidos a uma vigorosa reflexão sobre o destino maravilhoso que o ser humano pode alcançar”, reflete o escritor e jornalista Washington Araújo, da Comunidade Bahá'í de Brasília (DF).

“O Festival dos festivais é um período que os bahá'ís do mundo recordam dos dias abençoados do início da Fé Bahá'í”, pondera Walkíria.
“Se Bahá'u'lláh não tivesse proclamado Sua missão na Terra, o mundo não teria ensinamentos correspondentes para a atual Era em que vivemos. Daí a extrema importância dessa data”, acredita o jovem Guilherme Leroy, de 20 anos, membro da Comunidade Bahá'í de Belo Horizonte.

Na compreensão bahá'í, cabe a cada indivíduo que tenha reconhecido a importância desses ensinamentos compartilhá-los com os que estão dispostos a contribuir com a construção de um nova civilização mundial, trazendo para o campo da realidade a antiga promessa de Cristo – “venha a nós o Vosso Reino e seja feita a Vossa vontade”.

20 de abr. de 2012

Exposição “Israel e a Fé Bahá'í” no Iguatemi de Brasília.

Mostra fotográfica introduz a beleza física dos lugares sagrados e princípios bahá'ís.

Foi inaugurada ontem (19) no Shopping Iguatemi de Brasília a exposição “Israel e a Fé Bahá'í: Imagens de uma Comunidade Global”, trazendo as cores traços e paisagens deslumbrantes do território israelense, em contraste aos ensinamentos da religião bahá’í. Cerca de 50 pessoas participaram da inauguração, entre elas Rafael Eldad, Embaixador de Israel; Carlos Alberto Silva, Secretário Geral da Comunidade Bahá’í do Brasil; Lisa Perskie, Diretora Executiva da Escola das Nações; o Secretário Juan Barato, representante da Embaixada da Argentina e o Secretário Lucas Pinheiro, representante da Divisão de Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores.

O público brasiliense tem até o dia 14 de maio para conferir a exibição fotográfica de trinta painéis na área internacional do Shopping, localizada no 1º piso. “Estamos muito felizes de trazer à Capital Federal brasileira a beleza do meu país de origem mesclada com os conceitos espirituais de pura unidade da religião bahá'í”, disse o Embaixador de Israel, que é seguidor da doutrina judaica. “Certamente, todos os visitantes se encantarão com toda a exuberância da Fé Bahá'í e ficarão fascinados em conhecer de perto uma comunidade global que prega a unidade entre os povos”, declarou ele.

O Secretário Geral da Comunidade Bahá'í do Brasil, Carlos Alberto Silva destacou o momento histórico da ocasião. “As imagens que estão retratadas aqui trazem pessoas que dedicam suas vidas à melhora da sociedade”, disse ele. “São indivíduos e famílias de várias partes do mundo que foram acolhidas pelo Estado de Israel para servir nos Lugares Sagrados bahá'ís”. Ele lembrou ainda que “Israel tem uma ligação especial com todas as grandes religiões. Judeus, cristãos, muçulmanos, bahá'ís e várias minorias religiosas dividem espaço no território israelense, a Terra Prometida, a Canaã, a Terra Santa”.

Andressa Pinesi, da região do ABC Paulista (SP), é uma das bahá'ís brasileiras que optaram por dedicar um período de serviço voluntário no Centro Mundial Bahá'í, em Israel. Ela trabalhou no departamento de limpeza entre os anos de 2009 e 2010. “O serviço em Israel é uma oportunidade de aprender ainda mais sobre o princípio da unidade na diversidade”, conta a futura engenheira de produção pela Universidade Federal do ABC Paulista, hoje com 22 anos. “Todos buscam viver em harmonia, unidos em ação e visão”, afirma.

“Fiquei muito impressionada pela simplicidade, beleza e o conceito de design altamente criativo da exposição”, declarou a diretora executiva da Escola das Nações, Sra. Lisa Perskie. “Meus sinceros parabéns à Comunidade Bahá'í e à Embaixada Israelense pela excelência da mostra e do evento de abertura”, expressou ela.

O Embaixador Rafael Eldad declarou, em sua fala, sua alegria em poder compartilhar as imagens de seu país e dos lugares sagrados bahá'ís com o público brasiliense. “Essa exposição demonstra não apenas a beleza desses lugares e do trabalho dessas pessoas, mas tem também um alto grau de espiritualidade, um grande respeito por todas as religiões. É um privilégio para Israel ter em seu território o Centro Mundial Bahá'í”, afirmou ele

“Ficou bastante claro na fala do Embaixador o apreço que ele tem pela Comunidade Bahá'í. Foi um reconhecimento público da universalidade dos conceitos bahá'ís”, emocionou-se Secretário Carlos Alberto.

“Esse é apenas o início de um elo permanente entre a Comunidade Bahá'í e a Embaixada de Israel”, afirmou o Embaixador Rafael Eldad durante a abertura da exposição.

Em sua fala, o Secretário Carlos Alberto Silva fez um convite a todos os presentes: “Esperamos que vocês apreciem, tragam seus amigos, seus familiares, suas crianças – não apenas para visitar essa exposição como uma expressão artística (que realmente é: uma obra de arte!), mas também para pensar nesses conceitos trazidos por Bahá'u'lláh há 169 anos, desde que Ele se manifestou trazendo ao mundo a Fé Bahá'í”.

As palavras de Bahá'u'lláh citadas por Carlos Alberto no encerramento da cerimônia remetem ao tema da exposição, que se refere “a imagens de uma comunidade global”:

“Bem-aventurado e feliz é aquele que se levanta para promover os melhores interesses dos povos e raças da terra. Que não se vanglorie quem ama seu próprio país, mas sim, quem ama o mundo inteiro. A Terra é um só país, e os seres humanos, seus cidadãos.”

Fonte: SASG

16 de abr. de 2012

O “Sobrevivente” Esquecido do Titanic

Conforme temos sido relembrados incontáveis vezes ao longo das semanas passadas, há cem anos o “inafundável”Titanic afundou no Atlântico Norte, levando consigo mais de 1.500 vidas. A tragédia tornou-se tema de algumas históricas épicas.
De todas essas históricas, uma das mais extraordinárias é a de um persa de 68 anos de idade que, na verdade, não embarcou na malfadada nau, mas que o deveria ter feito.
Abbas Effendi – conhecido como 'Abdu'l-Bahá ou“o Servo de Deus” -- foi retratado pela imprensa tanto na Europa quanto nos Estados Unidos como um filósofo, um apóstolo da paz, até mesmo como o retorno de Cristo. Seus admiradores norte-americanos o haviam enviado milhares de dólares para que comprasse uma passagem para viajar no Titanic, e o imploraram que embarcasse com a maior opulência. Ele não aceitou e doou o dinheiro para ações de caridade.
"Convidaram-me para navegar à bordo do Titanic," ele disse depois, "mas este não era o desejo de meu coração."
Em vez disso, 'Abdu'l-Bahá navegou até Nova Iorque à bordo do SS Cedric, um navio mais modesto. Todos os grandes jornais de Nova Iorque cobriram sua chegada em 11 de abril e a sua subsequente caravana de oito meses pelo território estadunidense. Esse forasteiro de turbante, que usava “robes orientais” se tornou notícia de capa.
O New York Times reportouque sua missão era "acabar com os preconceitos... preconceitos de nacionalidade, de raça, de religião." O artigo também o citou diretamente: "É chegada a hora de a humanidade levantar o estandarte unidade da humanidade, a fim de que as fórmulas e superstições dogmáticas possam chegar ao fim."
Diversas vezes, a imprensa o chamou de profeta, especificamente de “profeta persa” (ah, as aliterações!). Uma chamada, logo após sua palestra na Universidade de Stanford, dizia: "Profeta Diz que Não é Profeta." 'Abdu'l-Bahá era na realidade o líder da então nascente Fé Bahá'í, apesar de consistentemente negar essa coisa de profeta.
Ele pregava a fé fundada por seu pai, Bahá'u'lláh, em meados de 1800, fundada na unidade de todas as religiões. À época, havia apenas umas poucas centenas de bahá'ís nos Estados Unidos; hoje são 150.000. Dia após dia, mês após mês, multidões por todo o país (muitas vezes aos milhares) se reuniam para ouvi-lo falar. Em sinagogas ele louvava a Cristo. Em igrejas, exaltava os ensinamentos de Mohammed. E por todas as suas viagens, sua companhia era buscada por pessoas influentes como Andrew Carnegie, Alexander Graham Bell e Kahlil Gibran.
Como foi que 'Abdu'l-Bahá veio a inspirar tantas pessoas – essa figura obscura do oriente que passara 40 e tantos anos aprisionado por causa de sua religião, que nunca frequentara a escola ou fora exposto à cultura do ocidente?
Suspeito que isso tenha algo a ver não apenas com o que ele disse, mas com o que ele fez. "Ele é o único homem no mundo que, ao redor de sua mesa de jantar, juntou persas, zoroastrianos, judeus, cristãos, maometanos”, [sic] escreveuKate Carew (a Liz Smith de seu tempo) ao New York Tribune. Mais à frente no artigo, ela descreveu a visita de 'Abdu'l-Bahá à Missão Bowery no Lower East Side – onde ele pessoalmente entregou moedas de prata a 400 desabrigados.
Durante toda a sua visita aos Estados Unidos, ele deixou de lado o protocolo da segregação, insistindo que todos os lugares em que falasse fossem abertos a pessoas de todas as raças. Não era algo que agradasse às multidões na época. No Great Northern Hotel na Rua 57 (onde agora se localiza o Parker Meridien), o gerente veementemente negou-se a permitir que os negros adentrassem o recinto.
"Se as pessoas virem uma pessoa de cor que seja entrando em meu hotel, nenhuma pessoa de respeito jamais colocará seus pés aqui novamente”, disse ele. Então, em vez do encontro no hotel, 'Abdu'l-Bahá decidiu organizar um banquetemulti-racial na casa de um de seus seguidores, no qual vários brancos serviram aos negros – uma atitude subversiva e até mesmo perigosa naqueles tempos.
Somente entre os seres humanos é que a cor da pele era causa de discórdia, 'Abdu'l-Bahá afirmoucerta vez. “Os animais, apesar do fato de serem desprovidos de razão e compreensão, não tornam as cores causa de conflito. Por que motivo deveria o homem, que possui razão, criar conflito?”
As palestras de 'Abdu'l-Bahá pungiam a plateia com uma simplicidade radical. E ainda assim, ele promoveu ideias com as quais os norte-americanos lutam até hoje, um século depois: a necessidade da verdadeira harmonia racial e igualdade de gênero; a eliminação de extremos de riqueza e pobreza; os perigos do nacionalismo desenfreado e da intolerância religiosa; e a insistência na busca independente pela verdade. Alguma dessas fichas caiu em 2012?
Sua missão de unidade, espalhada por toda a nação estadunidense há cem anos, deveria ser celebrada juntamente com as mensagens de Gandhi, do Dalai Lama e de Martin Luther King Jr.
Em sua primeira palestra pública nos Estados Unidos – na Igreja da Ascensão de Nova Iorque, na 5ª Avenida com a Rua 10 – 'Abdu'l-Bahá estimulou o progresso material da América do Norte nas artes, na agricultura e no comércio, mas com o cuidado de também desenvolvermos nossas potencialidades espirituais.
“Pois o homem necessita de duas asas. Uma asa é o poder físico e a civilização material; a outra é p poder espiritual e a civilização divina. Somente com uma asa, o vôo torna-se impossível.”
Ele deu essa palestra em 14 de abril de 1912. Mais tarde nesse mesmo dia, o Titanic atingiu o iceberg.
Fonte: Postado por Secretaria Nacional de Ações com a Sociedade e o Governo - SASG

4 de abr. de 2012

Bahá'í - Una fede comune per l’Umanità: siamo tutti foglie dello stesso albero

(di Gian Paolo Soddu) Dio è uno, l’umanità è una, la religione è una. Una riflessione sul tema dell’unità non può tralasciare un aspetto decisivo per la convivenza dei popoli : il rapporto tra diverse tradizioni religiose . Per la maggior parte dell’umanità, sin dall’inizio della storia, la visione della vita basata su valori spirituali è stata intimamente associata all’esperienza religiosa. I profondi valori promulgati dalle maggiori religioni hanno aiutato sempre più la crescita della civiltà, a partire dal tempo in cui i profeti biblici hanno portato un sistema di valori morali, fino ai tempi moderni in cui l’ispirazione religiosa ha largamente determinato l’abolizione della schiavitù e dato un grande impulso al movimento dei diritti umani. Un concetto innovativo e caratterizzante della visione bahà’ì, è il rifiuto dell’idea di esclusività della Rivelazione divina, qualsiasi essa sia.

Bahá'u´lláh insegna che tutte le religioni del passato sono stadi di un unico grandioso processo di educazione dell’umanità, un susseguirsi ininterrotto di rivelazioni progressive. Egli spiega che un’Essenza trascendente (che chiamiamo Dio) interagisce costantemente con l’evolversi del creato, suscitando tra gli uomini l’apparizione di “Figure profetiche che manifestano gli attributi di una divinità inaccessibile”. Asserisce inoltre che la conoscenza di queste Figure deve essere intesa come “conoscenza di Dio”. Così ci istruisce: «. . . L’Essenza di Dio è inconoscibile per lo spirito umano, poiché la comprensione finita non può avere alcun rapporto con questo Mistero infinito ... E siccome non può esservi nessun legame di diretta comunicazione per unire l’unico vero Iddio alla Sua Creazione. . . Egli ha comandato che in ogni epoca ed in ogni dispensazione, un’Anima pura e senza macchia si manifesti nei regni della terra e del cielo”.  

Circa la relazione tra le diverse Manifestazioni di Dio, Baha’u’llah afferma:

“E’ chiaro ed evidente che tutti i Profeti sono Templi della Causa di Dio apparsi in differenti vesti.”…. “.. Badate, o credenti nell’Unità di Dio, di non essere tentati di fare differenze fra le Manifestazioni della Sua Causa o di discriminare i segni che hanno accompagnato e proclamato la loro Rivelazione. Questo è indubbiamente il vero significato dell’Unità divina, se siete di coloro che comprendono e credono in questa verità.” “… Se una delle Manifestazioni universali di Dio dichiarasse: «Sono Dio», direbbe esattamente la verità senza dare adito a dubbi. … E se una di esse proferisse questa dichiarazione: «Sono il Messaggero di Dio», direbbe la verità senz’alcun dubbio. …

E se tutte affermassero: «Sono il suggello dei Profeti», affermerebbero il vero, senza la minima ombra di dubbio. Poiché sono una sola persona, una sola anima, un solo spirito, un solo essere, una sola rivelazione. Sono tutte Manifestazioni del «Principio»e della «Fine», del «Primo» e dell’«Ultimo», del «Visibile» e del «Celato», di tutto ciò che concerne Colui Che è l’intimo Spirito degli Spiriti e l’eterna Essenza delle Essenze. … E se dicessero: «Siamo servi di Dio», anche questo è un fatto evidente e indiscutibile. Poiché si sono manifestate nello stato della più perfetta servitù, una servitù che nessuno potrà mai eguagliare. “ Ed in merito alla differenza tra le loro Rivelazioni: “…. ogni Manifestazione di Dio ha una differente individualità, una Missione definitivamente assegnata, una Rivelazione predestinata e limitazioni particolarmente fissate. Ognuna di esse è conosciuta con un nome differente, è caratterizzata da un attributo speciale, compie una missione definita e le è affidata una particolare Rivelazione.

A causa di questa differenza di stadio e missione le parole e le affermazioni che scaturiscono da queste Sorgenti di sapienza divina sembrano contraddirsi e differire. Ma agli occhi di coloro che sono iniziati ai misteri della saggezza divina, tutti i loro discorsi non sono, in realtà, che espressione di un’unica Verità”. Per Baha’u’llah esiste quindi una sola religione, ispirata di epoca in epoca da un’unica Essenza Trascendente attraverso la rivelazione progressiva dei Suoi messaggeri, conformemente alle condizioni ed esigenze di ogni tempo. La verità religiosa non è quindi assoluta, ma relativa ed essa è rivelata in misura sempre maggiore grazie agli insegnamenti di Grandi Maestri spirituali; perciò le diverse religioni del mondo devono essere viste come il continuo dispiegamento della verità, in proporzione alla maturità dell’uomo. Le verità eterne di ordine morale e spirituale, che sono state alla base di tutte le religioni (come adorare Dio, amare il prossimo, fare del bene), non hanno avuto esattamente lo stesso significato né la stessa portata attraverso le diverse religioni. Si possono dunque paragonare queste verità eterne al mondo vegetale che si evolve secondo il ciclo della vita: essendo dapprima apparse come semi e poi come gemme, solo ai nostri giorni queste stesse verità possono raggiungere lo stadio della fruttificazione. La Rivelazione di Bahá'u'lláh, la più recente in ordine di tempo, non intende abrogare alcuna delle religioni che l'hanno preceduta, né cerca di modificarne o di ridurre l'importanza dell'eterna verità dei loro insegnamenti; sostiene anzi, che tutte le religioni hanno origini divine, i loro principi basilari sono in perfetta armonia, perseguono le medesime finalità, hanno funzioni complementari. Una tale concezione, che s'accorda interamente con il nuovo orientamento delle scienze moderne, tra le altre la fisica, si scontra tuttavia con le concezioni tradizionali molto rigide e ci invita ad un nuovo approccio nello studio delle religioni. Una evidente contraddizione si presenta alla nostra attenzione.

Mentre da un lato i fatti della storia mostrano chiaramente che la religione rivelata è stata la principale forza trainante ed unificatrice della civiltà umana, di contro, le comunità dei seguaci derivate da quelle stesse religioni sono oggi, semmai più che nel passato, una delle forze più disgregatrici e distruttive del ventunesimo secolo. In realtà, le forme ed i riti hanno soverchiato l’originaria intenzione divina di trasformare spiritualmente gli uomini, tanto che le genti del mondo brancolano nella confusione e sconcerto totali: dunque constatiamo che, se da un lato il sistema materialista ha fallito i suoi obiettivi di dare la felicità, da canto suo la religione tradizionale ha cessato di fornire i rimedi che l’umanità cerca, sempre più angosciata. Invece, secondo il punto di vista baha’ì, la religione non può definirsi affatto come "un insieme di miti, dogmi e riti aventi il sacro per oggetto"; alla religione viene invece attribuita una funzione vivificatrice. La religione è soprattutto una forza che si manifesta in talune strutture ed adempie a certe funzioni vitali nella società (di integrazione e di unificazione, di convalida di norme e di valori, di civilizzazione etc.). Bahá'u'lláh ha così sancito: “La religione è il più grande mezzo per l'instaurazione dell'ordine nel mondo e per un pacifico appagamento di coloro che vi dimorano. L'indebolimento delle colonne della religione ha rafforzato le mani degli ignoranti rendendoli audaci ed arroganti. In verità Io affermo che tutto ciò che ha diminuito l'alto rango della religione ha accresciuto la riottosità dei malvagi, e il risultato altro non può essere che anarchia.” “…Questi principi, queste leggi, questi potenti sistemi così solidamente insediati sono scaturiti da un'unica Sorgente e sono raggi di una sola Luce: la differenza che si riscontra fra loro deve attribuirsi alle diverse esigenze delle età in cui furono promulgati.” Questa forza segue un percorso ciclico, prima ascendente, che si esprime con un grande potere creativo, poi declinante; rigenera l'uomo e la società e allo stesso tempo pone le basi per una nuova civiltà; con l'andar del tempo la sua influenza si affievolisce, perde la capacità di aggregare le società umane, dopo di che diviene impellente la necessità di una nuova Rivelazione.
Ogni Rivelazione Divina include due tipi di insegnamenti, quelli eterni e quelli transitori. Questo principio è fondamentale per comprendere il ruolo sociale della religione. Mentre i primi sono la base comune universale su cui poggia il progresso spirituale dell’individuo e della società, in ogni tempo, i secondi offrono risposte ai bisogni ed alle aspirazioni più attinenti la vita collettiva, le relazioni ordinate tra gli individui, e sono strettamente legati al momento storico, alle condizioni geografiche, culturali dell’epoca. Sono perciò mutevoli ed esprimono le differenze riscontrabili nelle diverse espressioni religiose. Fa notare Bahá'u'lláh : “Il messaggio essenziale della religione è immutabile. Essa è l'immutabile Fede di Dio, eterna nel passato, eterna nell'avvenire”… “Il rimedio necessario al mondo nelle sue attuali afflizioni non potrà mai essere lo stesso che un'epoca futura potrà richiedere». «Interessatevi premurosamente delle necessità dell'epoca in cui vivete e accentrate le vostre deliberazioni sulle sue esigenze e necessità”.
Ciò che emerge da questi passi e da queste considerazioni è il riconoscimento dell'essenziale unità della religione. Se è giusto parlare di unità di tutte le religioni, di una fede comune, è essenziale comprenderne che al livello più profondo, come fa notare Baha'u'lláh, esiste una sola religione. … Le difficoltà sorgono quando i seguaci di una delle fedi del mondo si dimostrano incapaci di distinguerne gli elementi eterni da quelli transitori e tentano di imporre alla società regole comportamentali che hanno ormai ottenuto il proprio intento.
Quando si superasse questo atteggiamento esclusivista e sarà riconosciuto il principio della progressività della rivelazione, allora potranno superarsi i principali ostacoli che impediscono ai credenti delle diverse fedi e tradizioni religiose di guardarsi non solo con rispetto, ma come “veri fratelli” sul sentiero di Dio.

Fonte: http://www.siciliainformazioni.com/giornale/societa/142769/bahaullah-fede-comune-lumanit-siamo-tutti-foglie-dello-stesso-albero.htm#.T3yNpNyUB98.twitter

3 de abr. de 2012

Una relazione di Amnesty International condanna le violazioni dei diritti umani in Iran

La Baha’i International Community ha notato con preoccupazione che una nuova relazione di Amnesty International evidenzia crescenti misure restrittive contro i dissidenti in Iran.
Il documento, intitolato «“Abbiamo l’ordine di reprimervi”: l’aumento della repressione dei dissidenti in Iran», cita una recente ondata di arresti di avvocati, studenti, giornalisti, attivisti politici, produttori cinematografici e minoranze etniche e religiose.

Il testo della relazione in inglese si trova qui.
La relazione descrive ampie restrizioni sulla libertà di espressione, associazione e assemblea, nonché torture, altri maltrattamenti e disagi durante la detenzione.
Esprime particolare preoccupazione per l’alto numero di esecuzioni capitali pubbliche, che nel 2011 sono state circa quattro volte di più rispetto all’anno precedente, e per le continue esecuzioni di imputati in età minore, cosa rigorosamente proibita dalla legge internazionale.

Le autorità iraniane inoltre vedono internet e i social media come una grande minaccia, ha detto Ann Harrison, vice direttrice ad interim del programma di Amnesty International per il Medio Oriente e il Nord Africa. «Cose come organizzare un gruppo sociale su internet, formare una ONG o aderirvi, o esprimere opposizione allo status quo possono farvi finire in carcere», ha detto.
Il documento riferisce un aumento del numero e della durezza degli attacchi contro i baha’i, attacchi come arresti, incendi dolosi e pubblicazioni di articoli denigratori sulla stampa.
«I non musulmani, soprattutto la comunità baha’i, sono stati sempre più demonizzati dai funzionari iraniani e dai mezzi di comunicazione di stato», dice la relazione. «Nel 2011, sembra che i ripetuti appelli del Leader supremo e di altre autorità di combattere i “falsi credi”, che sarebbero il Cristianesimo evangelico, il Baha’ismo e il Sufismo, abbiano comportato un aumento delle persecuzioni religiose».

Molto soddisfatta della relazione, Diane Ala’i, rappresentante della Baha’i International Community presso le Nazioni Unite a Ginevra, ha detto: «Essa conferma cose che i baha’i iraniani sanno da anni. Oggi in Iran chiunque si trovi al di fuori dell’angusto concetto governativo di ciò che è socialmente o politicamente accettabile è ufficialmente un paria e ne subisce gravi conseguenze».

Per leggere l’articolo in inglese online e vedere le foto, si vada a http://news.bahai.org/story/893

2 de abr. de 2012

Brasília se junta a campanha mundial com painéis móveis

Pessoas de várias nacionalidades se juntaram ontem (1º de abril) em mobilizações simultâneas ao redor do globo para pedir a libertação de sete prisioneiros de consciência no Irã. A data escolhida marcou um total de 10 mil dias em que os líderes estão sendo mantidos atrás das grades. Os eventos mundiais foram coordenados pelo United4Iran organização sem fins lucrativos, e ocorreram em Brasília, Amsterdã, Berlim, Wellington, Washington DC, Pretória, Sydney, entre outras onze cidades.
Na capital brasileira, cerca de 70 ativistas de direitos humanos se reuniram, entre 10h e 13h, na Esplanada dos Ministérios. Brasileiros, norte-americanos, mexicanos, iranianos e outros cidadãos do mundo estavam juntos com o mesmo propósito: “ser a voz daqueles que não podem falar”.

Independentemente de suas próprias convicções, ideologias ou religiões, eles estavam unidos em um verdadeiro exemplo de convivência pacífica e harmoniosa entre toda a diversidade dos seres humano.

Durante o dia ensolarado de campanha, uma painel móvel foi exibido em um caminhão de 9.5x2.5m de comprimento, estampando a imagem das sete lideranças. Os participantes vestiam camisetas formando as palavras “Free bahá'ís do Irã [Libertem os bahá'ís Irã]", numa demonstração pacífica na frente dos principais edifícios de Brasília: Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional, Catedral Metropolitana, Torre de TV e dos Palácios do Itamaraty, do Planalto e da Justiça.

Os brasileiros têm a prerrogativa de liberdade para expressar convicções políticas, sociais e religiosa. Anda assim, os manifestantes locais estavam reunidos para exigir justiça e liberdade para as pessoas inocentes impedidas de contribuir para o avanço da sociedade e para a construção de um mundo mais justo e pacífico para todos.

“Foi muito simbólico participar de um evento que ocorreu simultaneamente em cerca de 11 outras cidades ao redor do mundo”, diz Mary Caetana Aune, membro da comunidade bahá'í local. “Tenho certeza de que a difusão dessas imagens na Internet e nos outros meios de comunicação ajudará na conscientização de que muitos indivíduos ainda estão submetidos a tanta injustiça no mundo, à falta de liberdade, à perseguição ... Espero que a sociedade iraniana perceba que estamos todos do lado deles, clamando por justiça e direitos humanos em todo o mundo”, diz ela.

Participe dessa campanha mundial! Clique aqui para enviar cartas eletrônicas às autoridades do governo iraniano.

29 de mar. de 2012

Pensamentos de Bahá'u'lláh

Sê generoso na prosperidade e grato no infortúnio.
Sê digno da confiança de teu próximo e dirigelhe um olhar afetuoso e acolhedor.
Sê um tesouro para o pobre, advertência ao rico, resposta ao clamor do necessitado, guarda fiel da santidade de tua promessa. Sê reto no teu julgamento e discreto nas tuas palavras. Com ninguém sejas injusto e a todos mostrai brandura.
Sê como lâmpada para os que caminham nas trevas, alegria para o triste, água para o sedento, refúgio ao abatido, sustentáculo e defesa da vítima da opressão. Integridade e retidão sejam a divisa de todos os teus atos.
Sê lar para o forasteiro, bálsamo para o sofredor, fortaleza para o perseguido.
Sê olhos para os cegos e farol para os pés dos desencaminhados. Na face da verdade, sê adorno; coroa, na fronte da fidelidade; coluna no templo da retidão; sopro de vida, no corpo da humanidade; emblema dos que buscam a justiça; estrela sobre o horizonte da virtude; orvalho no solo do coração; arca no oceano do conhecimento; sol no céu da generosidade; jóia no diadema da sabedoria; luz radiante no firmamento de tua geração; fruto na árvore da humanidade.
(Bahá'u'lláh)

28 de mar. de 2012

Ação de âmbito mundial para libertar 7 lideranças bahá’ís do Irã: 10.000 dias na prisão.

Domingo, 1º de abril, marcará o total de 10.000 dias passados atrás das grades no Irã pelas sete lideranças da religião bahá’í. Nesse dia, 12 cidades ...em todo o mundo chamarão a atenção por meio de painéis móveis levantando o chamado de: “Libertem as Lideranças Bahá’ís: Prisioneiros de Consciência no Irã.”
Em uma iniciativa coordenada pela United4Iran, painéis móveis que retratam os prisioneiros serão exibidos na capital do Brasil, Brasília e outras localidades, como os Países Baixos; Berlim; Cidade do Cabo, Pretória e Johanesburgo na África do Sul; Washington DC; Londres; Sidney, Austrália; Paris; Nova Zelândia. Em Nova Deli, Índia, os organizadores marcharão com banners no percurso entre o templo bahá’í e o templo ISKON.
“Aqui em Brasília, a manifestação será na Esplanada dos Ministérios, das 10h às 13h, com uma enorme imagem desses prisioneiros de consciência em um caminhão”, conta Luiz Mourão, pós-graduado em políticas públicas, Secretário Executivo do Fórum das ONGs Ambientalistas do Distrito Federal e entorno. “Não é uma defesa de uma minoria religiosa; trata-se de questões de cidadania mundial, a defesa dos direitos humanos como um todo”, alega ele.
“Atualmente, existe uma falsa sensação de que existe direitos humanos no mundo, porém essa não é a realidade global em que vivemos. Os bahá'ís no Irã são símbolo desse desrespeito à dignidade humana. Eles não têm direito à educação, liberdade religiosa, não podem arrumar emprego, entre outras restrições impostas pelo governo iraniano”, constata Mourão. “Estarei na Esplanada não apenas como cidadão brasileiro mas, sobretudo, como cidadão do mundo - consciente do papel decisivo de cada ser humano para o avanço da civilização”, finaliza ele.
As grandes imagens dos prisioneiros bahá’ís, feitas em painéis móveis, são compostas de fotos menores de centenas de pessoas atualmente aprisionadas no Irã, incluindo jornalistas, membros de sindicatos comerciais, estudantes e mulheres ativistas, líderes religiosos e de oposição.
“Esperamos que esta ação possa atrair a atenção do mundo à situação das sete lideranças bahá’ís, e devemos nos lembrar tamém de todos os prisioneiros de consciência que continuam atrás das grades, e que precisam do nosso incondicional apoio em seu favor”, disse a diretora e fundadora da United4Iran, Firuzeh Mahmoudi.
A ex-prisioneira ativista e Sarah Shourd, que agora é defensora de prisioneiros políticos na organização sem fins lucrativos de direitos humanos United4Iran, está tomando providências para exigir a imediata libertação desses prisioneiros.
Quando prisioneira, Shourd teve um emocionante encontro com uma das lideranças bahá’ís aprisionadas.
“Fariba Kamalabadi e eu estávamos sendo levadas de olhos vendados para a clínica da prisão. Estávamos andando em fila única e a primeira coisa que fez foi esfregar as minhas costas carinhosamente. Ela sorriu para mim, sussurrando que lamentava por eu estar sozinha e então contou-me rapidamente quem ela era”, disse Shourd. “Depois, quando fui libertada e soube mais a respeito das sete lideranças bahá’ís, que continuam na prisão sem uma adequada representação legal ou um julgamento justo, sem advogados e sem um julgamento imparcial, fiquei ainda mais surpreendida pela bondade e bravura de Fariba.”
Shourd está se unindo aos demais manifestantes para exigir a libertação de Kamalabadi e seus companheiros Jamaloddin Khanjani, Afif Naeimi, Saeid Rezaie, Mahvash Sabet, Behrouz Tavakkoli e Vahid Tizfahm.
“Eles estão sendo mantidos presos unicamente por suas crenças religiosas, por defenderem os direitos civis e educacionais dos bahá’ís”, disse Shourd. “O governo iraniano está em forte oposição à lei internacional relacionada a esses casos e todos eles devem ser libertados imediatamente.”
Antes de serem presos, em 2008, as sete lideranças eram membros de um grupo informal de âmbito nacional que cuidava das necessidades espirituais e sociais da comunidade bahá’í do Irã. Cada um deles foi sentenciado a 20 anos de prisão após seis breves sessões de julgamento, caracterizadas pela ausência do devido processo legal.
“Nós que podemos falar precisamos ser a voz daqueles que foram silenciados. É importante que continuemos a nos rebelando contra a perseguição às minorias religiosas no Irã, as quais permanecem sujeitadas a detenções arbitrárias, perseguição e sentenças injustas”, disse Firuzeh.
Após cerca de 20 meses mantidos sem acusações na prisão de Evin, em Teerã, iniciou-se o julgamento em 12 de janeiro de 2010. As sete lideranças foram acusadas de espionagem, propaganda contra a república islâmica, estabelecimento de uma administração ilegal, entre outras acusações – que foram completa e categoricamente negadas pelos réus.
Os cinco homens estão atualmente cumprindo suas sentenças na prisão de Gohardasht, a cerca de 50 quilômetros de Teerã. As duas mulheres se encontram na prisão de Evin, após prisão anterior em Gohardasht e uma breve permanência em condições horríveis na prisão de Qarchak.
Bani Dugal, a principal representante da Comunidade Internacional Bahá’í nas Nações Unidas, disse: “Os sete foram e são completamente inocentes de qualquer delito. Dez mil dias de suas vidas foram literalmente roubados deles para sempre – dias que seriam dedicados ao serviço de seus compatriotas. O prazo para que esses prisoneiros sejam libertados para poderem contribuir ao país que amam já expirou há muito tempo”.
United4Iran (U4I) é uma organização sem fins lucrativos com a missão de melhorar as condições de direitos humanos no Irã, mobilizando e unindo a comunidade global por meio da conscientização e da defesa pública.
Para mais informações entre em contato com a Secretaria Nacional de Ações com a Sociedade e o Governo (SASG) pelo email: sasg@bahai.org.br

http://bahaisnoira.blogspot.com.br/2012/03/acao-de-ambito-mundial-para-libertar-7.html

20 de mar. de 2012

FELIZ NAW RÚZ!!!

O antigo festival persa do Ano Novo sobreviveu à conquista árabe e, muitos séculos depois, continua a ser comemorado por diversas culturas e comunidades religiosas, como o Zoroastrianos, os Sufís e os Bahá’ís. É realizado no primeiro dia do... ano solar corresponde ao equinócio de outono no hemisfério sul e de primavera vernal no hemisfério norte.
Abdu’l-Bahá explica, em uma de Suas epístolas, o fenômeno astrológico observado nesse dia: “Neste momento, o sol aparece no meridiano e dia e noite são iguais. Até o dia de hoje, o Pólo Norte estava escuro. Hoje o sol aprece em seu horizonte. Hoje o sol nasce e se põe na linha equatorial e os dois hemisférios são igualmente iluminados.”
“Este dia sagrado, quando o sol ilumina igualmente a terra inteira, se chama o equinócio”, explica 'Abdu'l-Bahá, “e o equinócio é o símbolo do Manifestante de Deus. O Sol da Verdade se levanta no horizonte da Misericórdia Divina e dele emanam seus raios. Este dia é consagrado à comemoração disso... Quando o sol aparece no equinócio, provoca movimento em todas as coisas. O mundo mineral é posto em moção, as plantas começam a brotar, o deserto é transformado em planície, as árvores florescem e todas as coisas viventes respondem, inclusive os corpos dos animais e dos homens.”
“O subir do sol no equinócio é o símbolo da vida... [É] o símbolo dos Divinos Manifestantes de Deus, pois a ascensão do Sol da Verdade no Céu da Bondade Divina estabeleceu o sinal de Vida para o mundo. A realidade humana começa a viver, nossos pensamentos são transformados e nossa inteligência é despertada. O Sol da Verdade dá Vida Eterna, assim como o sol físico é a causa da vida terrestre”, declara Ele.
Renovação espiritual
O ano de 2012 na Era Cristã corresponde ao 169º ano na Era Bahá'í. O calendário instituído pelo Báb, Profeta Precursor da Fé Bahá'í, é composto por 19 meses, cada um com 19 dias. Os meses recebem nomes correspondentes a um atributo de Deus, assim como ocorre com cada um de seus dezenove dias. O primeiro dia e o primeiro mês são denominados Esplendor (Bahá, em árabe), e assim, o primeiro dia do ano é chamado o dia de Esplendor no mês de Esplendor. O Báb o chamou de Dia de Deus, e associou-o "Àquele que Deus tornará Manifesto", uma figura messiânica em Seus escritos. Os dezoito dias subsequentes do primeiro mês foram associados às dezoito Letras da Vida, os apóstolos do Báb, prevendo uma celebração que duraria dezenove dias.
Os bahá'ís acreditam que Bahá'u'lláh é o Messias prometido pelo Báb. Ele reafirmou o calendário e instituiu o Naw-Rúz como dia sagrado. De acordo com Seus ensinamentos, O Naw-Rúz ocorre no dia seguinte ao término do jejum bahá'í, e está associado ao Máximo Nome de Deus. É um festival para aqueles que observaram o jejum.
A noção simbólica da renovação do tempo em cada dispensação religiosa foi feita explícita pelos escritos do Báb e de Bahá'u'lláh, e o calendário e ano novo tornaram essa metáfora espiritual mais concreta. `Abdu'l-Bahá explicou o significado do Naw-Rúz em termos da primavera e da nova vida que ele traz. Ele explicou que o equinócio é um símbolo dos Manifestantes de Deus, que inclui Jesus, Muhammad, o Báb e Bahá'u'lláh, entre Outros mais antigos e Os que virão futuramente. A mensagem proclamada por esses Mensageiros é como uma primavera espiritual, celebrada durante o Naw-Rúz.
Um pouco de tradição
Até hoje, várias famílias no Irã costumam seguir a tradição de se levantar cedo de manhã no dia 20 de março para buscar água em poços e córregos. Trazida em jarros, a água é então derramada sobre as pessoas, que se vestem com roupas novas e servem comidas especiais para celebrar a chegada do Naw-Ruz.
Um mês antes ocorre a “Khouneh Tekouni” (que, literalmente, significa “sacudir a casa”), quando as casas recebem uma limpeza completa na qual móveis antigos são substituídos por uma nova decoração. A mesa decorativa é posta com uma semana de antecedência, sendo enfeitada com uma cópia do Livro Sagrado, um espelho, velas, vasos com brotos verdes, flores, frutos, moedas, pão, ovos cozidos coloridos pintados no estilo oriental e mais sete artigos cujos nomes em persa comecem com a letra "s". Todos estes são alimentos ou símbolos de riqueza, crescimento e fertilidade.
Na noite anterior ao Naw-Rúz, as famílias se reúnem em torno de fogueiras ao ar livre, todos vestidos com o seu melhor traje. Sentados à mesa, esperam ansiosamente o anúncio – no rádio ou na televisão – do momento exato do equinócio vernal. Após recitar as orações reveladas para este dia sagrado, os familiares se saúdam com um beijo e o desejo de um Feliz Ano Novo.
No mundo ocidental, a celebração assume características das culturas em que está inserida – e as comunidades bahá'ís brasileiras não ficam de fora dessa tradição. É comum a realização de eventos comunitários para os quais são convidados familiares e amigos. A programação é geralmente composta por um momento de orações seguido de apresentações artísticas e comidas diversas. Palestras, dança e fogos de artifício (comuns no Réveillon) também podem fazer parte desta comemoração.
Para saber mais sobre a festa de Naw-Rúz na sua cidade, entre em contato com os bahá'ís perto de você ou escreva parainfo@bahai.org.br

15 de mar. de 2012

Direitos Humanos no Irã

GENEBRA, 14 de março de 2012, (BWNS)
O investigador das Nações Unidas sobre os direitos humanos no Irã criticou severamente o sistema judiciário e o histórico de direitos humanos do país.

Durante uma reunião do Conselho de Direitos Humanos, o Relator Especial da ONU, Ahmed Shaheed, afirmou ter recebido declarações de 141 testemunhas que destacam “déficit ultifatoriais e sistemáticos na capacidade do Governo de assegurar respeito aos direitos humanos. "De maneira jamais vista nas investigações das ONU no Irã, o Dr. Shaheed enfocou, em seu relatório formal ao Conselho, o completo colapso do sistema judiciário do país. Violações do devido processo legal eram crônicas, disse ele, e “provisões de segurança vagamente definidas” são aplicadas de maneiras que “limitam indevidamente a liberdade de expressão, associação e reunião.”

Leia aqui o relatório do Dr. Shaheed (em inglês)
http://www.ohchr.org/Documents/HRBodies/HRCouncil/RegularSession/Session19/A-HRC-19-66_en.pdf

“Em muitos casos, testemunhas relataram ter sido detidas por atividades protegidas pela lei internacional, e confinadas por longos períodos em solitárias, sem acesso a aconselhamento legal ou aos seus familiares, e na ausência de acusações formais”, disse o Dr. Shaheed na reunião.O Relator Especial reportou um dramático aumento no número de execuções efetivadas na República Islâmica – mais de 600 durante o ano de 2011, em muitos casos por crimes não considerados sérios pela lei internacional. As autoridades iranianas também reforçaram a detenção de jornalistas e advogados, disse ele, e continuam a perseguição a minorias étnicas e religiosas.Os bahá’ís continuam a ser arbitrariamente detidos devido às suas crenças, observou o Dr. Shaheed, em violação ao Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. Os bahá’ís são também submetidos a “severa pressão sócio-econômica”, enfrentando privações de “propriedade, emprego e educação”.A sessão de ontem ofereceu um diálogo interativo entre os Relatores Especiais e os membros do Conselho de Direitos Humanos. As preocupações levantadas pelo Relator imediatamente ecoaram pela maioria das nações que se pronunciaram na sessão. Cerca de 15 países destacaram especificamente a situação dos bahá’ís do Irã.O delegado do Brasil – João Genésio de Almeida Filho – disse que seu governo tem uma “preocupação especial” em relação às “alegações da sistemática perseguição aos membros de comunidades religiosas não reconhecidas, particularmente a comunidade Bahá’í”.Referindo-se à campanha patrocinada pelo estado para difamar os bahá’ís na mídia, Veronika Stromsikova – delegada da República Tcheca – disse que seu país concorda com a observação do Dr. Shaheed de que “a tolerância do governo a uma campanha intensiva de difamação aos membros da comunidade bahá’í incita discriminação”, infringindo tratados internacionais.Bani Dugal – a principal representante da Comunidade Internacional Bahá’í junto às Nações Unidas – relatou que os bahá’ís do Irã enfrentam hoje “múltiplas violações em todo o espectro de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais”, que vão “literalmente do jardim de infância até o túmulo”.“Concordamos também com sua apresentação dos obstáculos subjacentes” disse ela ao Dr. Shaheed, “incluindo elementos de natureza legal e a falta de adesão ao Estado de Direito – nenhum dos quais vem sendo tratados pelo governo.”

“Como o senhor afirma claramente, a impunidade continua a prevalecer no Irã, e certos indivíduos são isentados de leis e regulamentos existentes para restringir o abuso de poder”, disse a Sra. Dugal.

Leia a notícia original em http://news.bahai.org/story/897

12 de mar. de 2012

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".
8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
(Luís Fernando Veríssimo)

Tempo Certo

De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas; tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto. Mas a natureza humana não é muito paciente. Temos pressa em tudo e aí acontecem os atrop...elos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer Qual é esse tempo certo?
Bom, basta observar os sinais. Quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano enviarão sinais indicando o caminho certo. Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer. Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa.
Basta você acreditar que nada acontece por acaso. Talvez seja por isso que você esteja agora lendo estas linhas. Tente observar melhor o que está a sua volta. Com certeza alguns desses sinais já estão por perto e você nem os notou ainda.
Lembre-se, que o universo sempre conspira a seu favor quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.
(Paulo Coelho)

6 de mar. de 2012

O Tempo...

Era uma vez uma ilha, onde moravam os seguintes sentimentos: a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros.

Um dia avisaram para os moradores desta ilha que ela ia ser inundada. Apavorado, o amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem; ele então falou:

- Fujam todos, a ilha vai ser inundada.
Todos correram e pegaram seu barquinho, para irem a um morro bem alto. Só o amor não se apressou, pois queria ficar um pouco mais na ilha.
Quando já estava se afogando, correu para pedir ajuda.
Estava passando a riqueza e ele disse:
- Riqueza, leve-me com você.
Ela respondeu:
- Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e você não vai caber.
Passou então a vaidade e ele pediu:
- Oh! Vaidade, leve-me com você.
- Não posso você vai sujar o meu barco.
Logo atrás vinha a tristeza.
- Tristeza, posso ir com você?
- Ah! Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha.
Passou a alegria, mas estava tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela. Já desesperado, achando que ia ficar só, o amor começou a chorar.
Então passou um barquinho, onde estava um velhinho.
- Sobe, amor que eu te levo.
O amor ficou tão radiante de felicidade que esqueceu de perguntar o nome do velhinho.
Chegando no morro alto onde estavam os sentimentos, ele perguntou à sabedoria:
- Sabedoria, quem era o velhinho que me trouxe aqui?
Ela respondeu:
- O tempo.
- O tempo? Mas, por que só o tempo me trouxe aqui?
- Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande amor.

5 de mar. de 2012

Uma Flor e uma Borboleta

Certa vez, um homem pediu a Deus uma flor... e uma borboleta.

Mas Deus lhe deu um cacto... e uma lagarta.

O homem ficou triste pois não entendeu o porque do seu pedido vir errado.

Daí pensou : Também, com tanta gente para atender... E resolveu não questionar.

Passado algum tempo, o homem foi verificar o pedido que deixara esquecido. Para sua surpresa, do espinhoso e feio cacto havia nascido a mais bela das flores. E a horrível lagarta transformara-se em uma belíssima borboleta.

Deus sempre age certo. O Seu caminho é o melhor, mesmo que aos nossos olhos pareça estar dando tudo errado.

Se você pediu a Deus uma coisa e recebeu outra, confie. Tenha a certeza de que Ele sempre dá o que você precisa, no momento certo.

Nem sempre o que você deseja... é o que você precisa.

Como Ele nunca erra na entrega de seus pedidos, siga em frente sem murmurar ou duvidar.

O espinho de hoje... será a flor de amanhã!!!

Pense nisso e confie em Deus!

2 de mar. de 2012

Jejum Bahá'í

O nascer do sol do dia 2 de março representa um momento importante na vida de milhares de bahá'ís por todo o mundo. É o início do período do jejum, realizado durante o mês Sublimidade ('Alá) – o último do calendário bahá'í.
Nas primeiras horas deste dia, a cada ano, essas pessoas se levantam para fazer sua primeira refeição do dia, realizar orações e meditações e, então, passar as próximas longas horas sem ingerir alimentos e bebidas, até que o sol volte a se por e a noite comece a derramar seu manto escuro sobre as cidades, vilarejos e áreas mais remotas.
A abstinência se dá em observância a uma lei espiritual revelada por Bahá’u’lláh há mais de 160 anos.Para além do seu componente material, o jejum tem um forte significado espiritual. Afinal, quem consegue ficar o dia inteiro sem ingerir nada tem força de vontade suficiente para tomar muitas outras decisões acerca da maneira como conduz sua vida diária. Sobre este tema, 'Abdu'l-Bahá declarou:
“Este jejum material é sinal exterior do jejum espiritual; é símbolo de auto-controle, da renúncia de todos os apetites do ego, de aquisição das características do espírito, do deixar-se dominar pelo êxtase dos sopros celestiais, e do estar aceso com o amor de Deus.”1
Os curiosos geralmente perguntam aos bahá'ís em jejum como eles conseguem obedecer a uma regra tão exigente. “As pessoas de pronto perguntam”, comenta Ceres Araújo, ‘Vocês não bebem nem água durante as 12 horas do dia?’ “Não, não tomamos nenhum líquido e nem ingerimos nenhum tipo de alimento neste período.”, afirma ela, convicta.
“Nosso organismo é assim como uma máquina. Ele precisa parar um pouco de funcionar, descansar. Nossa alma é que passa a receber, em abundância, neste período tão especial, seus alimentos necessários: orações que são como águas que revigoram as nossas vidas”, explica a mineira de Belo Horizonte, hoje moradora de Brasília (DF), que há mais de três décadas segue a lei do jejum.
Wesley Oliveira declarou sua fé em Bahá'u'lláh em 2011, e desde então vem se esforçando para familiarizar-se com as obrigações espirituais ensinadas por Ele. Este ano, o jovem de 18 anos fará o jejum pela primeira vez. “O jejum foi uma das leis que conheci mais recentemente, e eu vejo essa época do ano bahá'í como uma época de reflexão e de intensa oração, fé, devoção e respeito a Bahá’u’lláh”, comenta ele, que atualmente faz curso preparatório para o vestibular em Salvador (BA).
“Não é um período no qual se passa fome ou que se esquece do corpo, e sim um período de mudança pessoal e talvez coletiva... Confesso que estou meio tenso para o meu primeiro jejum, mas é com muito amor e dedicação que o farei, com fé, constância e firmeza”, emociona-se Wesley.
Tanto Wesley quanto Ceres relembram as palavras de Shoghi Effendi, o Guardião da Fé Bahá'í, quando afirma que o jejum é “essencialmente um período de meditação e oração, de recuperação espiritual, durante o qual o crente deve esforçar-se para fazer os ajustes necessários na sua vida interior, e para refrescar e revigorar as forças espirituais latentes na sua alma. O seu significado e efeitos são, portanto, de natureza essencialmente espiritual.”2
As recompensas dos 19 dias de jejum – seja ele somente espiritual ou também físico – são inúmeras. “A restrição energética na dieta para cerca de 500 calorias por dia, em períodos alternados, aumenta o tempo de vida e protege o cérebro e o sistema cardiovascular contra doenças relacionadas à idade, como mal de Parkinson ou de Alzheimer”, disse o pesquisador Mark Mattson, do National Institute on Ageing (NIA), em Baltimore, nos Estados Unidos3. Outros relatos científicos indicam que o jejum pode ser um grande aliado na luta contra o câncer e o diabetes.
Entretanto, o ato de jejuar deve vir acompanhado de uma consciência espiritual e material acerca de si mesmo. Por isso, a lei bahá'í do jejum prevê algumas exceções, que compreendem pessoas menores de 15 anos e maiores de 70, indivíduos que realizam trabalhos pesados ou que apresentem questões de saúde que exijam alimentação ou ingestão de líquidos (tais como gestantes, pessoas sob medicação, entre outros).
A jovem Cibele Castro – mãe do pequeno Théo, de 24 dias – conta que este ano não poderá jejuar por causa da amamentação do bebê. “Estarei amamentando o meu primeiro filho”, diz ela. “Como todos sabem, para produzir o leite materno em quantidade suficiente para o bebê é muito importante que a lactante não faça dietas com valor calórico abaixo de suas necessidades e as leis bahá`ís, em sua sabedoria, corroboram essa necessidade”, afirma Cibele. Ela conta que pretende usar o período para refletir e se esforçar por colocar em prática atributos tais como o desprendimento, a tolerância e o amor. “É uma ótima oportunidade de procurar elevar a alma e de nos aproximar da Vontade de Deus”, acredita.
Ao final do período do jejum, os bahá'ís comemoram a chegada do Ano Novo solar com a celebração do Náw-Ruz, realizada na noite do dia 20 de março. Trata-se de uma festa que reúne bahá'ís e seus amigos para agradecer pelas bênçãos alcançadas no ano que passou e celebrar o início de uma nova etapa em seu serviço à humanidade.

1Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá
2Shoghi Effendi, em Diretrizes do Guardião

1 de mar. de 2012

Os resultados de um nacionalismo exacerbado

No ínterim entre as duas grandes guerras, mais precisamente em 1931, Shoghi Effendi, Guardião da Fé Bahá'í, escrevera o documento "A Meta de Uma Nova Ordem Mundial" (texto disponível no livro "A Ordem Mundial de Bahá'u'lláh" - Editora Bahá'í). Ali, Shoghi Effendi se lembrava dos males que traria a I Guerra Mundial e previra de maneira perspicaz a ascensão do nacionalismo na Ásia e revoltas na África e Américas.
Passados 80 anos da publicação do documento, o mundo viu uma revolta sem precedentes chamada de Primavera Árabe. É indubitável que as revoltas populares que tomaram os países do Oriente Médio e Norte da África terão um impacto permanente no cenário social de seus respectivos países e também no cenário internacional. Os cenários que se abrem vão dos mais otimistas até os mais catastróficos para os direitos fundamentais do ser humano.
Após a derrubada de Ben Ali na Tunísia, o Egito se viu dentro de uma revolta sem precedentes que após quase 60 anos de controle militar tirou Hosni Mubarak do poder. Controlado anteriormente pelos também militares Gamal Abdel Nasser e Anwar Sadat, o início de 2011 trouxe aos egípcios a possibilidade de um novo futuro auspicioso, na qual a população democraticamente escolheria seus representantes e seus caminhos. No entanto, as eleições gerais parecem distantes da exeqüibilidade prenunciada anteriormente pela junta militar que controla o país desde fevereiro de 2011. Ainda mais grave, há indicativos de que movimentos desejam que uma novo Código Civil egípcio limite os direitos de minorias religiosas como os budistas e bahá’ís, conforme relatado recentemente pelo Middle East Media Research Institute.
No caso da Líbia, o cenário que se desenha é ainda mais complexo e tortuoso. Após a tomada de Trípoli, esperava-se que o Conselho Nacional de Transição (CNT) pudesse finalizar o conflito civil e ser reconhecido internacionalmente. O reconhecimento veio em termos quando ficou evidente que a tomada da capital líbia não representava que o CNT fosse uma unanimidade em todo o país.
Diante deste intrincado quebra-cabeça apresentado pelos casos do Egito e Líbia, há uma grande necessidade dos membros da comunidade internacional estarem atentos aos próximos acontecimentos. Um dos pontos principais das revoltas destes dois países do Magreb foi o desejo da população por uma nação mais justa e de respeito aos direitos humanos fundamentais.
Os gritos da Praça Tahir e a coragem dos rebeldes líbios, trouxeram em ambos os países o desejo de uma sociedade mais justa. Esses anseios não podem dar lugar a um sentimento de vingança contra budistas, bahá’ís, cidadãos de países subsaarianos ou de qualquer outra minoria. Cabe a Comunidade Internacional ficar atenta, assim como a opinião pública que tem toda a capacidade de influir nesse debate.


Matéria de Marcos Alan Ferreira que é Professor de Relações Internacionais da ESPM de SP.

28 de fev. de 2012

Documentário pioneiro expõe tabu iraniano centenário

LOS ANGELES, EUA., 21 de fevereiro de 2012, (BWNS) – Estreia esta semana em Los Angeles um longa metragem que explora a perseguição aos bahá’ís do Irã. O filme será exibido em todo o território dos Estados Unidos e em outros países.

‘Iranian Taboo [Tabu Iraniano]’ é a obra de um celebrado cineasta holandês-iraniano Reza Allamehzadeh.

“Apesar de ser impedido de entrar na minha terra natal, consegui filmar secretamente no interior do Irã com a ajuda de amigos dedicados que arriscaram suas vidas para filmar as tomadas que eu precisava”, disse o Sr. Allamehzadeh, que não é bahá’í.

“Fiz diversos documentários desafiadores durante minha carreira de cineasta – mas nenhum deles foi tão difícil de fazer como este’”, disse ele.

Iniciando-se no interior do Irã, o filme segue a viagem de uma bahá’í e sua filha de 14 anos que decidem vender todos os seus pertences e deixar o país para se refugiar no Ocidente.

O roteiro mostra também o esforço que a comunidade bahá’í iraniana realizou para educar seus jovens, os quais são impedidos do acesso à educação superior, e – pela primeira vez – dá voz a
bahá’ís proprietários de terra que há tempos vêm sofrendo perseguição no povoado de Ivel, na província de Mazandaran, no norte do Irã.

O Sr. Allamehzadeh disse ter decidido intitular o filme de ‘Iranian Taboo’ por perceber que até mesmo os iranianos que creem que os direitos humanos dos bahá’ís devem ser respeitados permanecem em silêncio sobre esse assunto.

“Eu deveria ter iniciado este filme antes”, disse o Sr. Allamehzadeh. “Durante as pesquisas, percebi que todos os diferentes setores da sociedade (classificados por gênero, etnia, língua e religião) estão sob pressão, mas os bahá’ís são vítimas do maior grau de privação. Nem mesmo seus mortos estão seguros e seus cemitérios são atacados.

Minha concepção é unicamente focar o aspecto de direitos humanos, e eu quis retratar o quanto os direitos humanos dos bahá’ís são violados.”

Em 2007, o cineasta brasileiro Flávio Azm Rassekh também se propôs a produzir um documentário que apresentasse a realidade da República Islâmica do Irã. Ele chegou inclusive a entrevistar jornalistas nacionais, como Marcia Camargos, Adriana Carranca, Paula Fontenele e Alessandra Meleiro. “Cada uma delas apresentava uma visão diferente do país a partir de suas próprias experiências”, comentou Azm, que ficou satisfeito com a possibilidade de produzir algo com imparcialidade jornalística sobre o Irã, terra natal de seus pais.

Contudo, o projeto precisou ser interrompido. “Fui impedido de colher imagens no Irã para ilustrar as entrevistas do filme por conta das restrições impostas a jornalistas, fotógrafos, documentaristas e profissionais de mídias”, esclarece Azm.

Além da restrição de acesso ao Irã, o diretor Allamehzadeh enfrentou outras dificuldades durante a fase de produção do documentário Tabu Iraniano, que é uma peça de não-ficção.

Vivendo como refugiado na Holanda desde 1983, ele teve que batalhar para obter acesso aos entrevistados do filme – que incluem Shirin Ebadi, a primeira iraniana Prêmio Nobel da Paz, e o ex-presidente do Irã, Abolhassan Banisadr.“'Iranian Taboo' é o documentário mais pessoal que eu já fiz, foi um desafio, mas consegui superar os obstáculos”, afirmou.

Outro desafio do projeto foi assegurar entrevistas com políticos, autores e professores universitários iranianos, os quais raramente se manifestaram publicamente sobre a “questão bahá’í” no Irã. Entre eles está Abolhassan Banisadr – o primeiro presidente do Irã após a Revolução Islâmica de 1979.

Também diante das câmeras, a defensora de direitos humanos e ganhadora do Prêmio Nobel, Shirin Ebadi, questiona o impedimento dos bahá’ís de exercer certas profissões.

“Para trabalhar... para ganhar a vida honestamente ou obter licença de trabalho, abrir uma sapataria de consertos ou um restaurante não é necessário ser muçulmano”, disse a Sra. Ebadi. “Onde no Islã está escrito que um sapateiro tem de ser muçulmano?”

'Iranian Taboo' estreia na sexta feira 24 de fevereiro em Los Angeles e será exibido nas próximas semanas nos Países Baixos; em Montreal e Toronto, no Canadá; e – nos E.U.A – em Atlanta, Chicago, Orlando, San Diego, San Francisco e Washington D.C.

Fonte: SASG

26 de fev. de 2012

Nuevos ataques resaltan la campaña que pretende bloquear el progreso de los Bahá’ís iraníes

NUEVA YORK, EE.UU. (26 de enero del 2012) – No hay ninguna señal que muestre un debilitamiento de la estrategia sistemática del gobierno iraní para llevar a los bahá’ís a la ruina económica.

Según informes de la Comunidad Bahá’í Internacional, se está llevando a cabo una renovada campaña en Kermán, la ciudad más importante del centro sur de Irán.

Hemos sido informados de que la Oficina de Supervisión de Sitios Públicos está negando la renovación de licencias, y revocando algunas ya existentes de negocios regentados por bahá’ís en la ciudad», declaró Bani Dugal, la principal representante de la Comunidad Internacional Bahá’í ante las Naciones Unidas.

Un gran número de profesiones está siendo afectado, desde tiendas de reparación y venta de ordenadores hasta agentes de bienes raíces. Los bahá’is que están involucrados en la venta de aleaciones de hierro, acero u oro están perdiendo sus licencias, así como los negocios regentados por bahá’ís que están relacionados con los servicios de alimentación, salud y cosmética, como las ópticas», dijo.

Los bahá’ís de Kermán también han sido informados de que no se les permite ser dueños de un gran número de tiendas en una misma calle.Las autoridades han llegado al extremo de revocar las licencias de los socios de negocios de los bahá’ís, aunque no fueran miembros de la comunidad bahá’í, dijo la Sra. Dugal.

Desde la revolución islámica de 1979, muchos miles de bahá’ís han perdido su trabajo o sus fuentes de sustento. En 1993, las Naciones Unidas descubrió un memorándum del gobierno iraní, firmado por el Líder Supremo del país, que explícitamente delinea un plan para bloquear el desarrollo de la comunidad bahá’í iraní.

Además de impedir a los jóvenes bahá’ís el ingreso a la universidad, dijo la Sra. Dugal, está claro que las autoridades continúan realizando una serie de acciones adicionales encaminadas a cumplir con esta política.

Hemos sido informados de al menos 60 incidentes en los últimos cinco años diseñados para frenar las perspectivas económicas de los bahá’ís, informó.

Algunos ejemplos recientes incluyen:

Entre el 2 y el 12 de enero del 2012, más del 70% de los negocios regentados por bahá’ís en Sari y Ghaemshahr (provincia de Mazindarán), y varios en Gorgan y Gonbad (provincia de Golestán), fueron registrados en busca de alguna excusa para detener o amenazar a los bahá’ís. Las autoridades también registraron los hogares de bahá’ís que trabajan desde sus hogares, en algunos casos más de dos años después de haber cerrado sus tiendas.

En julio del 2011, el dueño bahá’í de una tienda de Abadán recibió una notificación de la Unión de Vendedores y Fabricantes de Joyería, Relojes y Gafas pidiendo que devolviera su licencia de trabajo y que liquidara sus bienes en las 24 horas siguientes.

En junio del 2011, una óptica fue precintada con el pretexto de transferir la licencia a otro lugar. El jefe de la Oficina de Supervisión de Lugares Públicos indicó que la orden de precintar la tienda fue emitida por autoridades superiores. La tienda ya había sido cerrada por las autoridades en diciembre del 2008, junto con otras cuatro tiendas en Nazabarad. Después de un enfrentamiento jurídico, el dueño logró abrir la tienda en otro lugar sólo para encontrarla precintada una vez más.

Después de una ola de ataques incendiarios en una docena de negocios de bahá’ís en Rafsanjan, Irán, a finales del 2010, alrededor de 20 hogares y negocios recibieron una carta de aviso pidiendo que los bahá’ís firmaran un acuerdo de abstenerse de realizar contactos o amistades con musulmanes y de contratar aprendices musulmanes.

A principios del 2009, en la ciudad de Semnan, la Asociación de Sindicatos pasó una ley complementaria que decía que ningún bahá’í debería de recibir una licencia comercial. Poco después, varios negocios y tiendas regentadas por bahá’ís fueron cerradas o precintadas.

Un ejemplo de otro tipo de presión económica es el caso de un bahá’í de Isfahán quien, poco antes de ser despedido de su trabajo, pidió al organismo de la seguridad social que le devolviera la parte del sueldo que fue deducida para su pensión. Recibió una nota desestimando su petición como irrelevante, ya que la razón de haber perdido su trabajo fue la de pertenecer a la desviada secta de los bahá’ís. La nota especificaba que él y otros 14 individuos fueron despedidos pues en primer lugar se les prohibía ser contratados, por lo que su reclamación carecía de fundamento en ese caso.

La ley internacional declara firmemente el derecho de los individuos a ser libres para trabajar y ganarse la vida, sin discriminación», declaró la Sra. Dugal.

El mes pasado, la comunidad internacional votó de forma abrumadora en las Naciones Unidas para condenar a Irán por sus continuas y recurrentes violaciones de los derechos humanos. Ya es hora de que Irán sepa que ya no puede salirse con la suya cuando oprime a sus ciudadanos, pensando que nadie se dará cuenta.

O NÃO DIREITO AOS BAHÁ´ÍS NO IRÃ.

Há diversas razões para os cidadãos brasileiros se preocupem com o destino dos bahá´ís no Irã. Principalmente no que se refere à negação do direito a educação aos jovens bahá´ís. Além da própria solidariedade individual àqueles que sofrem alguma forma de perseguição e que são vitimados por motivos de consciência e fé há a necessidade de nos posicionarmos enquanto nação livre na garantia e consecução desses direitos humanos universais.
Pois pelo julgamento da história o silencio diante da injustiça com os outros é a negação dos nossos próprios direitos.

O cerceamento ao acesso a educação por qualquer motivo, talvez seja, uma das maiores violências que um Estado pode fazer ao seu cidadão. Entretanto, não estamos testemunhando as impossibilidades ou as incompetências dos governos em garantir esse direito. Existe sim uma ação deliberada, legalmente registrada, contra o acesso à educação da maior minoria
religiosa de um país.

Na história recente não lembro de que um dispositivo legal impeça um grupo, por motivos de opção religiosa, de exercerem este direito fundamental. Somente regimes totalitários de exceção
foram capazes de legalizar injustiças.

A Fé Bahá’í é, sem dúvida, a maior minoria religiosa do Irã com mais de 300 mil adeptos que o governo iraniano insiste em não reconhecer. Desde o início, em 1844, os bahá’ís sofrem perseguição. No ano passado em relatório a Comunidade Bahá´í Internacional denuncia a campanha sistemática na mídia do Irã que da os contornos dessa perfídia.

Foram coletados mais de 400 itens em um período de 16 meses que apresentam imagens de difamação, perjúrios e uma tentativa de demonizar a história da Fé Bahá´í.

A mais recente nota desse processo é bem descrita pela negação da certidão de óbito de Zeinad Ghorbani à sua família, ocorrida este ano de 2012. Nesse ato os dirigentes iranianos impediram
o seu enterro na cidade de Mashad. Além desse ignóbil fato outros se somam como a do estudante Naim Baghi expulso da Universidade por ser bahá´í ou de Bashir Ehsani que foi inquirida pela Corte Revolucionária de Teerã sob acusação de perturbar a ordem publica participando de reuniões bahá’ís e de possuir uma antena parabólica na sua casa.

Uma nação pode ser julgada pela forma que trata suas minorias quer étnica ou religiosa, pois é através do reconhecimento da alteridade é que e possível à liberdade.
Lembrando as palavras do pastor Martin Niemöller (1892-1984) que se tornaram célebres sobre os anos que imediatamente antecederam a 2ª Grande Guerra:

"Quando (...) levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era socialdemocrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse”.

Prof. Dr. Sylvio Fausto Gil Filho
(Departamento de Geografia – UFPR)

Lotus Temple

El Templo de Loto (Lotus Temple) es un lugar de oración y meditación। Está situado al sur de Delhi, en Kaljaji, al oeste de Connaught Place, en Mandir Marg. La forma de su estructura representa una flor de loto blanca semiabierta. La flor de loto es la flor nacional de la India.

La estructura de este templo puede verse desde muchos lugares del sur de Delhi. Está construido de mármol, cemento y ar...ena. En realidad su verdadero nombre es "Baha´i House of Worship" aunque popularmente se le conoce como Lotus Temple o Templo Bahai. Es el principal templo de la fe Bahai. Su construcción se terminó en el año 1986 y se consideró como la madre de todos los templo en el subcontinente indio. Ha ganado numerosos premios arquitectónicos y ha salido en reportajes y artículos de cientos de periódicos y revistas.

Su arquitecto fue el iraní Fariborz Sabba। Y la mayor parte del dinero necesario para la compra del terreno fue donada por Ardishír Rustampúr de Hyderabad, que estuvo ahorrando toda la vida para este propósito. A través de nueve puertas se puede acceder al salón central que tiene una capacidad para 2.500 personas. Esta abierto para todo el público, para el que no tiene fe y para el que sí. Es un sitio ideal para encontrar paz y meditar. La flor de loto significa paz y pureza, y es una representación de la manifestación de Dios a la gente de la India. Tiene un poco más de 40 metros de altura, y la superficie brilla con su mármol blanco, lo que ayuda a que se vea desde bastante lejos. Alrededor del edificio hay varios paseos con bonitas balaustrada, puentes y escaleras que alrededor de nueve charcas representan las hojas que flotan del loto. El Templo de Loto es uno de los templos más visitados de Delhi e incluso del mundo en algunos años, debido a su forma tan llamativa. Ha superado en visitas a la torre Eiffel y al Taj Mahal. Lo cierto es que recuerda mucho a la Sydney Opera House en Australia.

La fe Bahai es la más reciente dentro de las religiones independientes del mundo। Su fundador Bahá´u´lláh (1817-1892) está considerado por los seguidores de esta fe como el más reciente mensajero de Dios que se extiende desde tiempos remotos con Abraham, Moises, Budha, Zaratustra, Cristo y Mahoma. El tema central del mensaje de Bahá´u´lláh es que la humanidad es una sola raza y que el día para la unificación y para una sociedad global ha llegado. Dios, según dijo Bahá´u´lláh, ha dispuesto fuerzas para derribar las barreras de las razas, las clases, los credos, las naciones, y en esa determinación nacerá la civilización universal. El principal reto para las personas de la tierra es la aceptación del hecho de su unidad y ayudar en el proceso de unificación. Uno de los propósitos del Templo Bahai o Templo de Loto es hacer que esto sea posible. Existen en todo el mundo unos 5 millones de seguidores de la fe Bahai, que tienen representaciones en la mayoría de los países, razas y culturas. Ellos están intentando que las enseñanzas de Bahá´u´lláh tengan efectos prácticos. Su experiencia es una fuente de aliento para aquellos que quieran compartir su visión de la humanidad como una familia global y considerando la tierra como la casa de todos. Las celebraciones que se realizan en el Templo de Loto son para todo el público. Sus nueve puertas de acceso al templo simbolizan la diversidad de razas humanas y su unidad esencial.

Se reza, se medita y se leen las sagradas escrituras de Bahá´u´lláh y otras religiones del mundo. También se puede escuchar música. El arquitecto del Templo de Loto pensó que su diseño no podría haber sido ejecutado en ningún otro lugar, ya que es poco común encontrar la combinación de artesanía tradicional, orgullo en el trabajo, empatía por lo espiritual, perseverancia y paciencia que se pueden encontrar en el subcontinente indio. Según dijo el arquitecto este edificio probaba que el concepto de alta tecnología no demanda siempre soluciones altamente tecnológicos. La gran mayoría de los visitantes indios se siente perplejos por la ausencia de ídolos. Esto fue algo complicado de explicarles hasta que se les dijo que al ilimitado y general Todopoderoso no se le podía poner en una forma limitada. Desde entonces, los visitantes indios han empezado a entender que el propósito del Templo de Loto es unir a todos los corazones de la gente y acercarles a su creador.