9 de jul. de 2010

Perseguição Injusta

O governo iraniano viola os direitos humanos ao perseguir minorias religiosas como os bahais, além de jornalistas oposicionistas, mulheres e homossexuais.

Cerca de um terço dos jornalistas presos no mundo está no país. A incoerência maior é que o Irã foi o primeiro país a escrever uma carta universal de direitos humanos cerca de 2500 anos atrás.

Os homossexuais homens são enforcados no meio da rua por um guindaste e as mulheres são apedrejadas.

Além disso, desde julho do ano passado foram fechados 109 jornais. Não há nenhum jornal livre no país que não seja ligado ao governo. Eles dizem que os bahais são espiões de nações imperialistas — como EUA ou Israel — que espalham corrupção sobre a Terra!

Isso é passível de pena de morte. Mas somos pessoas da paz. Um dos princípios dos bahais é liberdade direito entre homens e mulheres, a harmonia entre ciência e religião.

Também defendemos o direito das mulheres trabalharem e não serem obrigadas a usar o véu. No Irã, pouca gente sabe, mas perante a Justiça a mulher vale menos do que o homem. Ou seja, o testemunho de uma mulher equivale a metade do testemunho de um homem.

Isso não faz sentido.

(Flavio Azm Rassekh)

7 de jul. de 2010

Indignação

Resolvi escrever hoje porque estou com um "nó" na garganta...

Li uma matéria hoje no Jornal Estado de Minas, no caderno; Internacional - Direitos Humanos - Pag. 19. Que me indignou profundamente e me fez refletir em vários aspectos.

Meu Deus... como somos incoerentes em nossos atos, isso sem falar das nossas incoerencias nas nossas falas...

Estamos cada dia mais engajados em "Marchas pela Paz e pela Não Violência"... e quando abro o Jornal, me deparo com tamanha crueldade e desumanidade.
*Por Reinaldo Azevedo.

Um ativista de direitos humanos iraniano alertou nesta segunda-feira que Sakineh Mohammadie Ashtiani, mãe de duas crianças, será apedrejada até a morte a qualquer momento, de acordo com a pena de morte dada por autoridades iranianas. Somente uma campanha internacional, feita para pressionar o regime de Teerã, pode salvar a sua vida, disse Mina Ahadi, chefe da Comissão Internacional Contra Apedrejamento e Pena de Morte. “Legalmente, está tudo acabado - disse Ahadi à CNN. - É um acordo fechado.

Sakineh pode ser apedrejada a qualquer minuto. É por isso que decidimos iniciar um amplo movimento internacional. Só isso pode ajudar.” Sakineh, de 42 anos, será enterrada até o peito, informou a Anistia Internacional, citando o código penal iraniano. As pedras lançadas contra a mulher serão grandes o suficiente para causar dor, mas não grandes para matá-la imediatamente.

A mulher, que é da cidade de Tabriz, foi condenada por adultério em 2006. Ela foi forçada a confessar depois de levar 99 chibatadas, afirmou o advogado de direitos humanos Mohammad Mostafaei. Em seguida, Sakineh retirou a confissão e negou o adultério. Sua condenação não foi baseada em provas, mas na determinação de três dos cinco juízes que participaram do julgamento. Desde então, já pediu perdão, mas os juízes não concederam clemência.

Mostafaei acredita que um impedimento de idioma impediu que sua cliente compreendesse os procedimentos da corte. Sakineh é descendente de azerbaidjano e fala turco, e não farsi. As circunstâncias do caso não fazem dela uma exceção, de acordo com a Anistia Internacional, que acompanha casos de pena de morte em todo o mundo. “A maioria dos condenados à morte por apedrejamento é mulher. Elas sofrem de forma desproporcional por tal punição”, afirmou o grupo de direitos humanos num relatório em 2008.

Na quarta-feira, a Anistia fez um novo pedido ao governo iraniano para suspender imediatamente todas as execuções. O grupo registrou 126 execuções no Irã do início do ano até o dia 6 de junho.

Agora eu pergunto:

Como podemos ficar parados e assistir uma barbaridade, uma brutalidade tamanha acontecer no Irã... não podemos ficar de braços cruzados e assistir tamanha crueldade. Muito embora estamos sempre falando e buscamos a Paz e a Igualdade Mundial... Precisamos ter mais coerencia nas nossas falas e nos nossos atos, uma vez que, não estamos colocando em prática nossas falas não é mesmo Sr. Presidente. Está na hora de começar a executar nossas falas... mostrar para o Irã, que não é na violência e na crueldade bárbara que conseguimos educar uma nação.

Onde está a cúpula do Governo que ainda não interferiu neste ato desumano e inescrupuloso? Não somos tão "amáveis" e contra pena de morte?! O Irã é um dos países com os quais o governo Lula mantém relações especiais. Está na hora de aproveitar este "Bom Relacionamento" para interferir.

Precisamos salvar a vida da Sakineh Mohammadie Ashtiani, uma Mãe de família, que foi torturada e humilhada diante dos filhos Sajad (22 anos) e Farideh (17 anos) que jamais, eu disse jamais esquecerão tal cena.

É inimaginável que no século 21, um governo enterre mulheres em uma vala e as apedreje até a morte. Inimaginável, inacreditável e imperdoável tal ato.

Bom, fica registrado minha indignação e meu apelo para salvar a vida da Sakineh Mohammadie Ashtiani.

Simone Sá