29 de mar. de 2012

Pensamentos de Bahá'u'lláh

Sê generoso na prosperidade e grato no infortúnio.
Sê digno da confiança de teu próximo e dirigelhe um olhar afetuoso e acolhedor.
Sê um tesouro para o pobre, advertência ao rico, resposta ao clamor do necessitado, guarda fiel da santidade de tua promessa. Sê reto no teu julgamento e discreto nas tuas palavras. Com ninguém sejas injusto e a todos mostrai brandura.
Sê como lâmpada para os que caminham nas trevas, alegria para o triste, água para o sedento, refúgio ao abatido, sustentáculo e defesa da vítima da opressão. Integridade e retidão sejam a divisa de todos os teus atos.
Sê lar para o forasteiro, bálsamo para o sofredor, fortaleza para o perseguido.
Sê olhos para os cegos e farol para os pés dos desencaminhados. Na face da verdade, sê adorno; coroa, na fronte da fidelidade; coluna no templo da retidão; sopro de vida, no corpo da humanidade; emblema dos que buscam a justiça; estrela sobre o horizonte da virtude; orvalho no solo do coração; arca no oceano do conhecimento; sol no céu da generosidade; jóia no diadema da sabedoria; luz radiante no firmamento de tua geração; fruto na árvore da humanidade.
(Bahá'u'lláh)

28 de mar. de 2012

Ação de âmbito mundial para libertar 7 lideranças bahá’ís do Irã: 10.000 dias na prisão.

Domingo, 1º de abril, marcará o total de 10.000 dias passados atrás das grades no Irã pelas sete lideranças da religião bahá’í. Nesse dia, 12 cidades ...em todo o mundo chamarão a atenção por meio de painéis móveis levantando o chamado de: “Libertem as Lideranças Bahá’ís: Prisioneiros de Consciência no Irã.”
Em uma iniciativa coordenada pela United4Iran, painéis móveis que retratam os prisioneiros serão exibidos na capital do Brasil, Brasília e outras localidades, como os Países Baixos; Berlim; Cidade do Cabo, Pretória e Johanesburgo na África do Sul; Washington DC; Londres; Sidney, Austrália; Paris; Nova Zelândia. Em Nova Deli, Índia, os organizadores marcharão com banners no percurso entre o templo bahá’í e o templo ISKON.
“Aqui em Brasília, a manifestação será na Esplanada dos Ministérios, das 10h às 13h, com uma enorme imagem desses prisioneiros de consciência em um caminhão”, conta Luiz Mourão, pós-graduado em políticas públicas, Secretário Executivo do Fórum das ONGs Ambientalistas do Distrito Federal e entorno. “Não é uma defesa de uma minoria religiosa; trata-se de questões de cidadania mundial, a defesa dos direitos humanos como um todo”, alega ele.
“Atualmente, existe uma falsa sensação de que existe direitos humanos no mundo, porém essa não é a realidade global em que vivemos. Os bahá'ís no Irã são símbolo desse desrespeito à dignidade humana. Eles não têm direito à educação, liberdade religiosa, não podem arrumar emprego, entre outras restrições impostas pelo governo iraniano”, constata Mourão. “Estarei na Esplanada não apenas como cidadão brasileiro mas, sobretudo, como cidadão do mundo - consciente do papel decisivo de cada ser humano para o avanço da civilização”, finaliza ele.
As grandes imagens dos prisioneiros bahá’ís, feitas em painéis móveis, são compostas de fotos menores de centenas de pessoas atualmente aprisionadas no Irã, incluindo jornalistas, membros de sindicatos comerciais, estudantes e mulheres ativistas, líderes religiosos e de oposição.
“Esperamos que esta ação possa atrair a atenção do mundo à situação das sete lideranças bahá’ís, e devemos nos lembrar tamém de todos os prisioneiros de consciência que continuam atrás das grades, e que precisam do nosso incondicional apoio em seu favor”, disse a diretora e fundadora da United4Iran, Firuzeh Mahmoudi.
A ex-prisioneira ativista e Sarah Shourd, que agora é defensora de prisioneiros políticos na organização sem fins lucrativos de direitos humanos United4Iran, está tomando providências para exigir a imediata libertação desses prisioneiros.
Quando prisioneira, Shourd teve um emocionante encontro com uma das lideranças bahá’ís aprisionadas.
“Fariba Kamalabadi e eu estávamos sendo levadas de olhos vendados para a clínica da prisão. Estávamos andando em fila única e a primeira coisa que fez foi esfregar as minhas costas carinhosamente. Ela sorriu para mim, sussurrando que lamentava por eu estar sozinha e então contou-me rapidamente quem ela era”, disse Shourd. “Depois, quando fui libertada e soube mais a respeito das sete lideranças bahá’ís, que continuam na prisão sem uma adequada representação legal ou um julgamento justo, sem advogados e sem um julgamento imparcial, fiquei ainda mais surpreendida pela bondade e bravura de Fariba.”
Shourd está se unindo aos demais manifestantes para exigir a libertação de Kamalabadi e seus companheiros Jamaloddin Khanjani, Afif Naeimi, Saeid Rezaie, Mahvash Sabet, Behrouz Tavakkoli e Vahid Tizfahm.
“Eles estão sendo mantidos presos unicamente por suas crenças religiosas, por defenderem os direitos civis e educacionais dos bahá’ís”, disse Shourd. “O governo iraniano está em forte oposição à lei internacional relacionada a esses casos e todos eles devem ser libertados imediatamente.”
Antes de serem presos, em 2008, as sete lideranças eram membros de um grupo informal de âmbito nacional que cuidava das necessidades espirituais e sociais da comunidade bahá’í do Irã. Cada um deles foi sentenciado a 20 anos de prisão após seis breves sessões de julgamento, caracterizadas pela ausência do devido processo legal.
“Nós que podemos falar precisamos ser a voz daqueles que foram silenciados. É importante que continuemos a nos rebelando contra a perseguição às minorias religiosas no Irã, as quais permanecem sujeitadas a detenções arbitrárias, perseguição e sentenças injustas”, disse Firuzeh.
Após cerca de 20 meses mantidos sem acusações na prisão de Evin, em Teerã, iniciou-se o julgamento em 12 de janeiro de 2010. As sete lideranças foram acusadas de espionagem, propaganda contra a república islâmica, estabelecimento de uma administração ilegal, entre outras acusações – que foram completa e categoricamente negadas pelos réus.
Os cinco homens estão atualmente cumprindo suas sentenças na prisão de Gohardasht, a cerca de 50 quilômetros de Teerã. As duas mulheres se encontram na prisão de Evin, após prisão anterior em Gohardasht e uma breve permanência em condições horríveis na prisão de Qarchak.
Bani Dugal, a principal representante da Comunidade Internacional Bahá’í nas Nações Unidas, disse: “Os sete foram e são completamente inocentes de qualquer delito. Dez mil dias de suas vidas foram literalmente roubados deles para sempre – dias que seriam dedicados ao serviço de seus compatriotas. O prazo para que esses prisoneiros sejam libertados para poderem contribuir ao país que amam já expirou há muito tempo”.
United4Iran (U4I) é uma organização sem fins lucrativos com a missão de melhorar as condições de direitos humanos no Irã, mobilizando e unindo a comunidade global por meio da conscientização e da defesa pública.
Para mais informações entre em contato com a Secretaria Nacional de Ações com a Sociedade e o Governo (SASG) pelo email: sasg@bahai.org.br

http://bahaisnoira.blogspot.com.br/2012/03/acao-de-ambito-mundial-para-libertar-7.html

20 de mar. de 2012

FELIZ NAW RÚZ!!!

O antigo festival persa do Ano Novo sobreviveu à conquista árabe e, muitos séculos depois, continua a ser comemorado por diversas culturas e comunidades religiosas, como o Zoroastrianos, os Sufís e os Bahá’ís. É realizado no primeiro dia do... ano solar corresponde ao equinócio de outono no hemisfério sul e de primavera vernal no hemisfério norte.
Abdu’l-Bahá explica, em uma de Suas epístolas, o fenômeno astrológico observado nesse dia: “Neste momento, o sol aparece no meridiano e dia e noite são iguais. Até o dia de hoje, o Pólo Norte estava escuro. Hoje o sol aprece em seu horizonte. Hoje o sol nasce e se põe na linha equatorial e os dois hemisférios são igualmente iluminados.”
“Este dia sagrado, quando o sol ilumina igualmente a terra inteira, se chama o equinócio”, explica 'Abdu'l-Bahá, “e o equinócio é o símbolo do Manifestante de Deus. O Sol da Verdade se levanta no horizonte da Misericórdia Divina e dele emanam seus raios. Este dia é consagrado à comemoração disso... Quando o sol aparece no equinócio, provoca movimento em todas as coisas. O mundo mineral é posto em moção, as plantas começam a brotar, o deserto é transformado em planície, as árvores florescem e todas as coisas viventes respondem, inclusive os corpos dos animais e dos homens.”
“O subir do sol no equinócio é o símbolo da vida... [É] o símbolo dos Divinos Manifestantes de Deus, pois a ascensão do Sol da Verdade no Céu da Bondade Divina estabeleceu o sinal de Vida para o mundo. A realidade humana começa a viver, nossos pensamentos são transformados e nossa inteligência é despertada. O Sol da Verdade dá Vida Eterna, assim como o sol físico é a causa da vida terrestre”, declara Ele.
Renovação espiritual
O ano de 2012 na Era Cristã corresponde ao 169º ano na Era Bahá'í. O calendário instituído pelo Báb, Profeta Precursor da Fé Bahá'í, é composto por 19 meses, cada um com 19 dias. Os meses recebem nomes correspondentes a um atributo de Deus, assim como ocorre com cada um de seus dezenove dias. O primeiro dia e o primeiro mês são denominados Esplendor (Bahá, em árabe), e assim, o primeiro dia do ano é chamado o dia de Esplendor no mês de Esplendor. O Báb o chamou de Dia de Deus, e associou-o "Àquele que Deus tornará Manifesto", uma figura messiânica em Seus escritos. Os dezoito dias subsequentes do primeiro mês foram associados às dezoito Letras da Vida, os apóstolos do Báb, prevendo uma celebração que duraria dezenove dias.
Os bahá'ís acreditam que Bahá'u'lláh é o Messias prometido pelo Báb. Ele reafirmou o calendário e instituiu o Naw-Rúz como dia sagrado. De acordo com Seus ensinamentos, O Naw-Rúz ocorre no dia seguinte ao término do jejum bahá'í, e está associado ao Máximo Nome de Deus. É um festival para aqueles que observaram o jejum.
A noção simbólica da renovação do tempo em cada dispensação religiosa foi feita explícita pelos escritos do Báb e de Bahá'u'lláh, e o calendário e ano novo tornaram essa metáfora espiritual mais concreta. `Abdu'l-Bahá explicou o significado do Naw-Rúz em termos da primavera e da nova vida que ele traz. Ele explicou que o equinócio é um símbolo dos Manifestantes de Deus, que inclui Jesus, Muhammad, o Báb e Bahá'u'lláh, entre Outros mais antigos e Os que virão futuramente. A mensagem proclamada por esses Mensageiros é como uma primavera espiritual, celebrada durante o Naw-Rúz.
Um pouco de tradição
Até hoje, várias famílias no Irã costumam seguir a tradição de se levantar cedo de manhã no dia 20 de março para buscar água em poços e córregos. Trazida em jarros, a água é então derramada sobre as pessoas, que se vestem com roupas novas e servem comidas especiais para celebrar a chegada do Naw-Ruz.
Um mês antes ocorre a “Khouneh Tekouni” (que, literalmente, significa “sacudir a casa”), quando as casas recebem uma limpeza completa na qual móveis antigos são substituídos por uma nova decoração. A mesa decorativa é posta com uma semana de antecedência, sendo enfeitada com uma cópia do Livro Sagrado, um espelho, velas, vasos com brotos verdes, flores, frutos, moedas, pão, ovos cozidos coloridos pintados no estilo oriental e mais sete artigos cujos nomes em persa comecem com a letra "s". Todos estes são alimentos ou símbolos de riqueza, crescimento e fertilidade.
Na noite anterior ao Naw-Rúz, as famílias se reúnem em torno de fogueiras ao ar livre, todos vestidos com o seu melhor traje. Sentados à mesa, esperam ansiosamente o anúncio – no rádio ou na televisão – do momento exato do equinócio vernal. Após recitar as orações reveladas para este dia sagrado, os familiares se saúdam com um beijo e o desejo de um Feliz Ano Novo.
No mundo ocidental, a celebração assume características das culturas em que está inserida – e as comunidades bahá'ís brasileiras não ficam de fora dessa tradição. É comum a realização de eventos comunitários para os quais são convidados familiares e amigos. A programação é geralmente composta por um momento de orações seguido de apresentações artísticas e comidas diversas. Palestras, dança e fogos de artifício (comuns no Réveillon) também podem fazer parte desta comemoração.
Para saber mais sobre a festa de Naw-Rúz na sua cidade, entre em contato com os bahá'ís perto de você ou escreva parainfo@bahai.org.br

15 de mar. de 2012

Direitos Humanos no Irã

GENEBRA, 14 de março de 2012, (BWNS)
O investigador das Nações Unidas sobre os direitos humanos no Irã criticou severamente o sistema judiciário e o histórico de direitos humanos do país.

Durante uma reunião do Conselho de Direitos Humanos, o Relator Especial da ONU, Ahmed Shaheed, afirmou ter recebido declarações de 141 testemunhas que destacam “déficit ultifatoriais e sistemáticos na capacidade do Governo de assegurar respeito aos direitos humanos. "De maneira jamais vista nas investigações das ONU no Irã, o Dr. Shaheed enfocou, em seu relatório formal ao Conselho, o completo colapso do sistema judiciário do país. Violações do devido processo legal eram crônicas, disse ele, e “provisões de segurança vagamente definidas” são aplicadas de maneiras que “limitam indevidamente a liberdade de expressão, associação e reunião.”

Leia aqui o relatório do Dr. Shaheed (em inglês)
http://www.ohchr.org/Documents/HRBodies/HRCouncil/RegularSession/Session19/A-HRC-19-66_en.pdf

“Em muitos casos, testemunhas relataram ter sido detidas por atividades protegidas pela lei internacional, e confinadas por longos períodos em solitárias, sem acesso a aconselhamento legal ou aos seus familiares, e na ausência de acusações formais”, disse o Dr. Shaheed na reunião.O Relator Especial reportou um dramático aumento no número de execuções efetivadas na República Islâmica – mais de 600 durante o ano de 2011, em muitos casos por crimes não considerados sérios pela lei internacional. As autoridades iranianas também reforçaram a detenção de jornalistas e advogados, disse ele, e continuam a perseguição a minorias étnicas e religiosas.Os bahá’ís continuam a ser arbitrariamente detidos devido às suas crenças, observou o Dr. Shaheed, em violação ao Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. Os bahá’ís são também submetidos a “severa pressão sócio-econômica”, enfrentando privações de “propriedade, emprego e educação”.A sessão de ontem ofereceu um diálogo interativo entre os Relatores Especiais e os membros do Conselho de Direitos Humanos. As preocupações levantadas pelo Relator imediatamente ecoaram pela maioria das nações que se pronunciaram na sessão. Cerca de 15 países destacaram especificamente a situação dos bahá’ís do Irã.O delegado do Brasil – João Genésio de Almeida Filho – disse que seu governo tem uma “preocupação especial” em relação às “alegações da sistemática perseguição aos membros de comunidades religiosas não reconhecidas, particularmente a comunidade Bahá’í”.Referindo-se à campanha patrocinada pelo estado para difamar os bahá’ís na mídia, Veronika Stromsikova – delegada da República Tcheca – disse que seu país concorda com a observação do Dr. Shaheed de que “a tolerância do governo a uma campanha intensiva de difamação aos membros da comunidade bahá’í incita discriminação”, infringindo tratados internacionais.Bani Dugal – a principal representante da Comunidade Internacional Bahá’í junto às Nações Unidas – relatou que os bahá’ís do Irã enfrentam hoje “múltiplas violações em todo o espectro de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais”, que vão “literalmente do jardim de infância até o túmulo”.“Concordamos também com sua apresentação dos obstáculos subjacentes” disse ela ao Dr. Shaheed, “incluindo elementos de natureza legal e a falta de adesão ao Estado de Direito – nenhum dos quais vem sendo tratados pelo governo.”

“Como o senhor afirma claramente, a impunidade continua a prevalecer no Irã, e certos indivíduos são isentados de leis e regulamentos existentes para restringir o abuso de poder”, disse a Sra. Dugal.

Leia a notícia original em http://news.bahai.org/story/897

12 de mar. de 2012

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".
8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
(Luís Fernando Veríssimo)

Tempo Certo

De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas; tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto. Mas a natureza humana não é muito paciente. Temos pressa em tudo e aí acontecem os atrop...elos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer Qual é esse tempo certo?
Bom, basta observar os sinais. Quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano enviarão sinais indicando o caminho certo. Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer. Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa.
Basta você acreditar que nada acontece por acaso. Talvez seja por isso que você esteja agora lendo estas linhas. Tente observar melhor o que está a sua volta. Com certeza alguns desses sinais já estão por perto e você nem os notou ainda.
Lembre-se, que o universo sempre conspira a seu favor quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.
(Paulo Coelho)

6 de mar. de 2012

O Tempo...

Era uma vez uma ilha, onde moravam os seguintes sentimentos: a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros.

Um dia avisaram para os moradores desta ilha que ela ia ser inundada. Apavorado, o amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem; ele então falou:

- Fujam todos, a ilha vai ser inundada.
Todos correram e pegaram seu barquinho, para irem a um morro bem alto. Só o amor não se apressou, pois queria ficar um pouco mais na ilha.
Quando já estava se afogando, correu para pedir ajuda.
Estava passando a riqueza e ele disse:
- Riqueza, leve-me com você.
Ela respondeu:
- Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e você não vai caber.
Passou então a vaidade e ele pediu:
- Oh! Vaidade, leve-me com você.
- Não posso você vai sujar o meu barco.
Logo atrás vinha a tristeza.
- Tristeza, posso ir com você?
- Ah! Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha.
Passou a alegria, mas estava tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela. Já desesperado, achando que ia ficar só, o amor começou a chorar.
Então passou um barquinho, onde estava um velhinho.
- Sobe, amor que eu te levo.
O amor ficou tão radiante de felicidade que esqueceu de perguntar o nome do velhinho.
Chegando no morro alto onde estavam os sentimentos, ele perguntou à sabedoria:
- Sabedoria, quem era o velhinho que me trouxe aqui?
Ela respondeu:
- O tempo.
- O tempo? Mas, por que só o tempo me trouxe aqui?
- Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande amor.

5 de mar. de 2012

Uma Flor e uma Borboleta

Certa vez, um homem pediu a Deus uma flor... e uma borboleta.

Mas Deus lhe deu um cacto... e uma lagarta.

O homem ficou triste pois não entendeu o porque do seu pedido vir errado.

Daí pensou : Também, com tanta gente para atender... E resolveu não questionar.

Passado algum tempo, o homem foi verificar o pedido que deixara esquecido. Para sua surpresa, do espinhoso e feio cacto havia nascido a mais bela das flores. E a horrível lagarta transformara-se em uma belíssima borboleta.

Deus sempre age certo. O Seu caminho é o melhor, mesmo que aos nossos olhos pareça estar dando tudo errado.

Se você pediu a Deus uma coisa e recebeu outra, confie. Tenha a certeza de que Ele sempre dá o que você precisa, no momento certo.

Nem sempre o que você deseja... é o que você precisa.

Como Ele nunca erra na entrega de seus pedidos, siga em frente sem murmurar ou duvidar.

O espinho de hoje... será a flor de amanhã!!!

Pense nisso e confie em Deus!

2 de mar. de 2012

Jejum Bahá'í

O nascer do sol do dia 2 de março representa um momento importante na vida de milhares de bahá'ís por todo o mundo. É o início do período do jejum, realizado durante o mês Sublimidade ('Alá) – o último do calendário bahá'í.
Nas primeiras horas deste dia, a cada ano, essas pessoas se levantam para fazer sua primeira refeição do dia, realizar orações e meditações e, então, passar as próximas longas horas sem ingerir alimentos e bebidas, até que o sol volte a se por e a noite comece a derramar seu manto escuro sobre as cidades, vilarejos e áreas mais remotas.
A abstinência se dá em observância a uma lei espiritual revelada por Bahá’u’lláh há mais de 160 anos.Para além do seu componente material, o jejum tem um forte significado espiritual. Afinal, quem consegue ficar o dia inteiro sem ingerir nada tem força de vontade suficiente para tomar muitas outras decisões acerca da maneira como conduz sua vida diária. Sobre este tema, 'Abdu'l-Bahá declarou:
“Este jejum material é sinal exterior do jejum espiritual; é símbolo de auto-controle, da renúncia de todos os apetites do ego, de aquisição das características do espírito, do deixar-se dominar pelo êxtase dos sopros celestiais, e do estar aceso com o amor de Deus.”1
Os curiosos geralmente perguntam aos bahá'ís em jejum como eles conseguem obedecer a uma regra tão exigente. “As pessoas de pronto perguntam”, comenta Ceres Araújo, ‘Vocês não bebem nem água durante as 12 horas do dia?’ “Não, não tomamos nenhum líquido e nem ingerimos nenhum tipo de alimento neste período.”, afirma ela, convicta.
“Nosso organismo é assim como uma máquina. Ele precisa parar um pouco de funcionar, descansar. Nossa alma é que passa a receber, em abundância, neste período tão especial, seus alimentos necessários: orações que são como águas que revigoram as nossas vidas”, explica a mineira de Belo Horizonte, hoje moradora de Brasília (DF), que há mais de três décadas segue a lei do jejum.
Wesley Oliveira declarou sua fé em Bahá'u'lláh em 2011, e desde então vem se esforçando para familiarizar-se com as obrigações espirituais ensinadas por Ele. Este ano, o jovem de 18 anos fará o jejum pela primeira vez. “O jejum foi uma das leis que conheci mais recentemente, e eu vejo essa época do ano bahá'í como uma época de reflexão e de intensa oração, fé, devoção e respeito a Bahá’u’lláh”, comenta ele, que atualmente faz curso preparatório para o vestibular em Salvador (BA).
“Não é um período no qual se passa fome ou que se esquece do corpo, e sim um período de mudança pessoal e talvez coletiva... Confesso que estou meio tenso para o meu primeiro jejum, mas é com muito amor e dedicação que o farei, com fé, constância e firmeza”, emociona-se Wesley.
Tanto Wesley quanto Ceres relembram as palavras de Shoghi Effendi, o Guardião da Fé Bahá'í, quando afirma que o jejum é “essencialmente um período de meditação e oração, de recuperação espiritual, durante o qual o crente deve esforçar-se para fazer os ajustes necessários na sua vida interior, e para refrescar e revigorar as forças espirituais latentes na sua alma. O seu significado e efeitos são, portanto, de natureza essencialmente espiritual.”2
As recompensas dos 19 dias de jejum – seja ele somente espiritual ou também físico – são inúmeras. “A restrição energética na dieta para cerca de 500 calorias por dia, em períodos alternados, aumenta o tempo de vida e protege o cérebro e o sistema cardiovascular contra doenças relacionadas à idade, como mal de Parkinson ou de Alzheimer”, disse o pesquisador Mark Mattson, do National Institute on Ageing (NIA), em Baltimore, nos Estados Unidos3. Outros relatos científicos indicam que o jejum pode ser um grande aliado na luta contra o câncer e o diabetes.
Entretanto, o ato de jejuar deve vir acompanhado de uma consciência espiritual e material acerca de si mesmo. Por isso, a lei bahá'í do jejum prevê algumas exceções, que compreendem pessoas menores de 15 anos e maiores de 70, indivíduos que realizam trabalhos pesados ou que apresentem questões de saúde que exijam alimentação ou ingestão de líquidos (tais como gestantes, pessoas sob medicação, entre outros).
A jovem Cibele Castro – mãe do pequeno Théo, de 24 dias – conta que este ano não poderá jejuar por causa da amamentação do bebê. “Estarei amamentando o meu primeiro filho”, diz ela. “Como todos sabem, para produzir o leite materno em quantidade suficiente para o bebê é muito importante que a lactante não faça dietas com valor calórico abaixo de suas necessidades e as leis bahá`ís, em sua sabedoria, corroboram essa necessidade”, afirma Cibele. Ela conta que pretende usar o período para refletir e se esforçar por colocar em prática atributos tais como o desprendimento, a tolerância e o amor. “É uma ótima oportunidade de procurar elevar a alma e de nos aproximar da Vontade de Deus”, acredita.
Ao final do período do jejum, os bahá'ís comemoram a chegada do Ano Novo solar com a celebração do Náw-Ruz, realizada na noite do dia 20 de março. Trata-se de uma festa que reúne bahá'ís e seus amigos para agradecer pelas bênçãos alcançadas no ano que passou e celebrar o início de uma nova etapa em seu serviço à humanidade.

1Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá
2Shoghi Effendi, em Diretrizes do Guardião

1 de mar. de 2012

Os resultados de um nacionalismo exacerbado

No ínterim entre as duas grandes guerras, mais precisamente em 1931, Shoghi Effendi, Guardião da Fé Bahá'í, escrevera o documento "A Meta de Uma Nova Ordem Mundial" (texto disponível no livro "A Ordem Mundial de Bahá'u'lláh" - Editora Bahá'í). Ali, Shoghi Effendi se lembrava dos males que traria a I Guerra Mundial e previra de maneira perspicaz a ascensão do nacionalismo na Ásia e revoltas na África e Américas.
Passados 80 anos da publicação do documento, o mundo viu uma revolta sem precedentes chamada de Primavera Árabe. É indubitável que as revoltas populares que tomaram os países do Oriente Médio e Norte da África terão um impacto permanente no cenário social de seus respectivos países e também no cenário internacional. Os cenários que se abrem vão dos mais otimistas até os mais catastróficos para os direitos fundamentais do ser humano.
Após a derrubada de Ben Ali na Tunísia, o Egito se viu dentro de uma revolta sem precedentes que após quase 60 anos de controle militar tirou Hosni Mubarak do poder. Controlado anteriormente pelos também militares Gamal Abdel Nasser e Anwar Sadat, o início de 2011 trouxe aos egípcios a possibilidade de um novo futuro auspicioso, na qual a população democraticamente escolheria seus representantes e seus caminhos. No entanto, as eleições gerais parecem distantes da exeqüibilidade prenunciada anteriormente pela junta militar que controla o país desde fevereiro de 2011. Ainda mais grave, há indicativos de que movimentos desejam que uma novo Código Civil egípcio limite os direitos de minorias religiosas como os budistas e bahá’ís, conforme relatado recentemente pelo Middle East Media Research Institute.
No caso da Líbia, o cenário que se desenha é ainda mais complexo e tortuoso. Após a tomada de Trípoli, esperava-se que o Conselho Nacional de Transição (CNT) pudesse finalizar o conflito civil e ser reconhecido internacionalmente. O reconhecimento veio em termos quando ficou evidente que a tomada da capital líbia não representava que o CNT fosse uma unanimidade em todo o país.
Diante deste intrincado quebra-cabeça apresentado pelos casos do Egito e Líbia, há uma grande necessidade dos membros da comunidade internacional estarem atentos aos próximos acontecimentos. Um dos pontos principais das revoltas destes dois países do Magreb foi o desejo da população por uma nação mais justa e de respeito aos direitos humanos fundamentais.
Os gritos da Praça Tahir e a coragem dos rebeldes líbios, trouxeram em ambos os países o desejo de uma sociedade mais justa. Esses anseios não podem dar lugar a um sentimento de vingança contra budistas, bahá’ís, cidadãos de países subsaarianos ou de qualquer outra minoria. Cabe a Comunidade Internacional ficar atenta, assim como a opinião pública que tem toda a capacidade de influir nesse debate.


Matéria de Marcos Alan Ferreira que é Professor de Relações Internacionais da ESPM de SP.